COLUNA CAMINHOS DA ZONA SUL – DIÁRIO DA MANHÃ – 05.07.2022

    Caminhos da Zona Sul__________________________Paulo Gastal Neto

    Porto I – Publicada antes da conclusão do processo de transição de autarquia para empresa pública, a Ordem de Serviço (OS) 006/2022 estabeleceu a possibilidade de ampliação da capacidade estática de armazenamento do Porto do Rio Grande, a partir da instalação de estruturas temporárias, no pátio automotivo. Pouco mais de dois meses de sua edição, o primeiro armazém móvel começou a tomar forma. O pátio automotivo, chamado tecnicamente de RIG82, conta com uma área total de 100 mil m2 e pela determinação da OS 006 é possível a utilização de até 25% dessa área, o que representa ao Cais Público um ganho de 25 mil m2 para armazenamento de carga geral. A estrutura que está em fase avançada de montagem conta e que deve entrar em funcionamento na primeira quinzena de julho conta com quatro mil metros quadrados. O regramento da autoridade portuária também prevê a possibilidade de instalações destas estruturas temporárias em todos os portos sob controle da Empresa Pública.

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    Porto II – O Porto de Pelotas teve movimentações que atingiram 528.400 toneladas de janeiro a maio de 2022. O destaque fica por conta da madeira, que movimentou 366.213 toneladas, enquanto que o clínquer, material considerado base para a produção do cimento, alcançou 162.187 toneladas. Na variação entre 2021 e 2022, o mês de fevereiro teve elevação de 29.51% nas movimentações.

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    Aero – O Estado, através do governador Ranolfo Vieira Júnior, assinou protocolo de intenções entre o RS e a Aeromot para viabilizar um centro tecnológico aeronáutico com uma unidade de montagem de aeronaves. A empresa estima que o investimento total para o empreendimento será de R$ 300 milhões. A unidade vai ser instalada no Distrito Industrial de Guaíba e, já na primeira fase, serão investidos cerca de R$ 80 milhões. O documento também foi assinado pelo CEO da Aeromot, Guilherme Cunha. Além da montagem de aeronaves e fabricação de componentes e peças aeronáuticas, o empreendimento será um ambiente favorável para o desenvolvimento de programas de offset (contrapartidas tecnológicas e comerciais), transferência de tecnologia e pesquisa e desenvolvimento.

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    ICEI-RS – O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), após três meses praticamente estável, subiu 1,3 ponto, para 57,4 em junho, maior patamar desde fevereiro deste ano, quando alcançou 58,1, e alta mais expressiva desde julho de 2021. “O quadro apontado pela pesquisa, sinalizador de tendências para o setor, mostra a indústria gaúcha ainda enfrentando dificuldades, mas sugere que a atividade deve ganhar força nos próximos meses”, disse o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, explicando que os empresários ajustaram os efeitos da fase mais aguda da crise de abastecimento e da incerteza decorrente da guerra na Ucrânia, e se mostram mais confiantes na retomada da economia, bem como na melhora do ambiente dos negócios. O ICEI-RS é composto pelos índices de Condições Atuais e de Expectativas, ambos para a economia brasileira e a própria empresa, e varia de zero a cem pontos. Acima de 50 revelam confiança, que será maior quanto mais se aproximar dos cem.

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    Yara, milho e a unidade Rio Grande – Hoje, 20% do que a unidade de Rio Grande entrega, por ano, é direcionada para a cultura do milho. “Existe uma questão geográfica e sazonal dos pontos do país onde mais se produz milho, que converge com as posições geográficas das plantas da Yara”, explica Guilherme Pegas, engenheiro químico e gerente de operações da unidade Rio Grande. O milho é uma cultura que demanda uma alta quantidade de nitrogênio, e, para suprir essa demanda, usamos muitos produtos importados da Yara Internacional. “Quando a gente olha a representatividade disso, vemos a cadeia da Yara funcionar muito bem, porque a gente traz produtos importados, produzidos nas unidades da Yara na Europa, que vem para o Brasil para atender a cultura do milho por ter um alto teor de nitrogênio. Hoje, essa tecnologia que a Yara Europa tem para produzir produtos à base de nitrogênio, a gente não tem ainda no Brasil”, explica o especialista ressaltando que hoje, no Brasil, a Yara consegue atender o mercado com o produto NP- 9-40, que vem agregando bastante valor e ganhando espaço entre os produtores do grão.

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    Até a próxima!

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