Zero Hora: Grupo de Eike confirma investimento em térmicas em Candiota

    Estão avançadas as negociações entre o Grupo EBX, do bilionário Eike Batista, e o governo gaúcho para erguer duas usinas de geração de energia a partir do carvão no Estado. Há duas semanas, um grupo de executivos da empresa aterrissou no Rio Grande do Sul para assinar um protocolo de intenções reafirmando o interesse em investir em Candiota.

    Ontem, a empresa confirmou que pretende incluir ambos os projetos no próximo leilão de energia, marcado para o segundo semestre. No encontro do início de março, foram acertados incentivos fiscais, cláusulas de compensações ambientais e a participação de empresas do Estado no rol de fornecedores da MPX, braço do grupo para geração de energia.

    Somados, os investimentos previstos chegam a R$ 6,5 bilhões e podem gerar 3 mil empregos durante a fase de construção.

    – Havia um protocolo anterior prevendo o investimento, mas estava por vencer. Com o novo termo, temos convicção de que os investimentos estão de pé – explica Rui Dick, gerente executivo da Secretaria da Infraestrutura no Rio Grande do Sul (Seinfra).

    Indefinição sobre MPX não afetaria projetos no Estado

    Os projetos estão engavetados há mais de três anos, quando o governo federal deixou de considerar o carvão na oferta de contratos de energia. Na terça-feira passada, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o governo federal voltará a incluir a fonte nos próximos leilões.

    Ambos projetos da MPX em Candiota já têm licença de instalação, o que facilita a viabilidade. A UTE Sul prevê a geração de 727 megawatts (MW) e UTE Seival deve ter capacidade de 600 MW.

    A possibilidade do desembarque dos bilhões de Eike no Estado ocorre em um momento de indefinição na gestão da MPX: o Grupo EBX admite estar negociando a venda da empresa ao grupo alemão E.ON, que já tem 10% de participação no negócio. Especialistas acreditam que uma possível mudança de mãos não congelará os projetos no Rio Grande do Sul.

    – Quem assumir a MPX virá com a intenção de tocar os projetos. Já há um planejamento, não faria sentido começar do zero – afirma o analista de mercado Valter Bianchi Filho, diretor da Fundamenta Investimentos.

    Enquanto aguarda a chegada da MPX, o governo gaúcho se aproxima de outros potenciais investidores. Na próxima semana, representantes da Seinfra farão uma visita à sede da Tractebel, em Florianópolis (SC), para negociar a inclusão do projeto UTE Pampa, também em Candiota, nos próximos leilões.

    Fonte: Erik Farina – Jornal Zero Hora
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