Esta semana o secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, presidiu, em Caçapava do Sul, a segunda Abertura da Colheita da Oliva e inaugurou a terceira unidade industrial para extração do azeite. Será na Tecnoplanta Florestal, cujo Projeto Tecnolivas prevê o cultivo de 200 ha, com investimento de R$ 10 milhões, em Caçapava e Barra do Ribeiro. Já existem projetos de mais três unidades para produção de azeite, o que leva o secretário Mainardi a afirmar que “em breve poderemos adquirir autossuficiência na produção de azeite de oliva”. O Brasil é o 2º maior importador de azeite. Em 2010, foram 52 mil toneladas de azeite, equivalendo a US$ 231 milhões. Isso que nosso consumo ainda é muito baixo, 150 ml/hab/ano. Na Europa, é 10 vezes mais, 1,5 litro. O Estado já tem 867 hectares de olivais e uma produção que chegou aos 20 mil litros de azeite.
Além de algumas áreas pioneiras, como Caçapava do Sul, que planta 120 hectares, já são 11 os municípios participantes do Projeto Olivais do Pampa: Pinheiro Machado, Caçapava, Lavras, Pedras Altas, Dom Pedrito, Bagé, Aceguá, Hulha Negra, Candiota, Livramento e Quaraí. Outros municípios, como Pelotas, Encruzilhada do Sul, Vacaria, Canguçu, Barra do Ribeiro, Piratini, Bossoroca, Cacequi, São Gabriel, Glorinha, Gravataí, Taquara, Uruguaiana e Alegrete, também têm plantações.
O projeto conta com apoio da Itália, que, na semana passada, mandou uma missão visitar o Estado, sob o comando de Daniela Farinelli, da Facoltà di Agraria dell Università degli Studi di Perugia, recebida pelo secretário Luiz Fernando Mainardi, que defende a olivicultura como oportunidade para diversificar a renda de produtores gaúchos. Já foram implantadas 12 unidades demonstrativas, cada uma com um hectare, e realizados intercâmbios e treinamentos. Durante a visita da técnica italiana, foram entregues três máquinas para a colheita da oliva. Agora, os municípios vão buscar recursos da ordem de R$ 600 mil para construírem um lugar que atenda à produção de azeitonas, com capacidade de processamento de 500 kg/hora.
Fonte: Danilo Ucha – Painel Econômico – Jornal do Comércio
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