COLUNA CAMINHOS DA ZONA SUL – DIÁRIO DA MANHÃ – 02.11.2022

    Caminhos da Zona Sul__________________________Paulo Gastal Neto

    Revolução – Talvez poucos tenham percebido a importância do novo porto localizado no Canal São Gonçalo. Ele será o marco inicial da maior ‘revolução econômica’ regional e se localizará no limite entre Rio Grande e Pelotas. Na semana passada aquilo que parecia um sonho, evoluiu e teve o primeiro aval ambiental emitido. O IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – liberou o termo de referência definitivo, ou o licenciamento ambiental que, ao final, libera a construção. Agora, os empreendedores responsáveis poderão dar sequência ao licenciamento, através da elaboração do Estudo de Impacto Ambiental.

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    Evolução – A próxima etapa deverá durar cerca de uma ano e meio, visto que estes impactos devem ser medidos nas quatro estações do ano. Depois dessa fase, é emitida a licença prévia, e, na sequência, a de instalação, que autoriza início de obras. A luta do deputado federal Jerônimo Goergen segue com a articulação entre os investidores e também junto ao setor técnico do governo federal. O novo porto largou na frente e com folga em relação ao proposto no norte do estado, em Arroio do Sal. Aqui, o empreendimento prevê a instalação de um terminal portuário com quatro berços de atracação e uma área de dragagem de 65,7 mil metros quadrados, em frente ao cais. Também estima a instalação de um centro logístico terrestre, em uma área de 431,5 mil metros quadrados, composta por um terminal de granéis sólidos vegetais, com 10 armazéns e um pátio de armazenagem de torras de madeiras, área administrativa e estacionamento de veículos.

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    Pauta – Esse projeto foi noticiado em primeira mão pela coluna em fevereiro. Ele é tocado por um grupo de investidores que criou a empresa Terminal Portuário Multimodal São Gonçalo. De acordo com o deputado Jerônimo Goergen, que conversou com a coluna na semana passada, o novo porto é totalmente privado e atenderia uma demanda importante, se somando aos atuais terminais de Pelotas e Rio Grande. Um dos destaques é que o Canal São Gonçalo faz ligação com a hidrovia da Lagoa Mirim, que, por sua vez, se conecta diretamente com o Uruguai. A previsão de movimentar 20 milhões de toneladas de cargas por ano.

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    Dragagem – Para o porto sair do papel, alerta o deputado, é preciso que ocorra a dragagem do canal, uma demanda que já vem sendo pleiteada por empresários e políticos locais há algum tempo. Com a dragagem, navios maiores e carregando grandes volumes poderiam passar pela área, viabilizando a nova operação. Duas frentes estão acontecendo neste momento para ter a dragagem. Uma é através do governo federal, por meio da concessão da hidrovia fluvial e canal São Gonçalo. Caso não aconteça por aí, o próprio porto faria uma “dragagem de berço”. A empresa DTA – Engenharia Portuária & Ambiental, uma das principais do setor de dragagem no Brasil, inclusive, está fazendo o estudo da situação. A estimativa é que o investimento na dragagem gire em torno dos R$ 500 milhões.

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    Banco – A tradicional agência do Banco Santander da Praça Coronel Pedro Osório será fechada. Ali funcionou o antigo Banco Meridional do Brasil. As contas da 1145 serão todas centralizadas na agência da rua XV de Novembro, no térreo do Edifício Banlavoura ou Banco Real, em frente a Livraria Mundial. O local está passando por profunda reforma e prazo para a troca definitiva e a centralização numa só agência está estipulado em mais ou menos três meses.

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    Pesquisa – A Fecomércio-RS divulgou, na semana passada, a edição de outubro da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias do Rio Grande do Sul (ICF-RS). De acordo com os resultados, o ICF registrou 75,2 pontos, registrando variação de 0,2% ante setembro e, em relação a out/21, apresentou recuo de 3,7%. A relativa estabilidade do ICF na margem resultou do balanço entre os indicadores que tiveram elevação ante set/22 – renda atual, nível de consumo atual, acesso a crédito, perspectiva de consumo – e o indicador da perspectiva profissional, que teve nova queda forte na passagem do mês e, dessa forma, impediu o avanço do ICF.

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    Até a próxima!

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