Caminhos da Zona Sul__________________________Paulo Gastal Neto
Porto – A operadora Sagres concluiu, na semana passada, o embarque de 9,5 mil toneladas de arroz com destino a Callao, no Peru. Na ocasião também foram carregadas no navio MV RABEA outras 7.372 toneladas de plywood, tipo de compensado de madeira utilizado em diferentes setores da construção civil. O Perú é um dos grandes importadores do arroz beneficiado brasileiro, porém é a primeira vez que esta atividade acontecerá utilizando um navio no formato beak bulk. Antes disso, o transporte se dava por meio de contêineres, mas diante da falta de equipamentos disponíveis, a operação foi realizada com esse tipo de embarcação. O projeto foi desenvolvido pela empresa MGL Brasil, em conjunto com a Sagres, que acreditou no potencial do Porto do Rio Grande para manter a exportação da carga em solo gaúcho. Essa decisão significa um grande passo e abre oportunidades para o desenvolvimento de outros projetos que tenham como finalidade o uso de navios da mesma modalidade.
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Retorno – O Estaleiro Rio Grande volta aos poucos a operar. Que bela notícia. Após a realização de serviços gerais de pintura, manutenção e adequação de sistemas e instalações, o navio Siem Helix I deixou o Estaleiro Rio Grande (ERG). A embarcação de 158,59 metros de comprimento e 36,8 metros de largura atracou no dique seco no dia 28 de agosto. A mobilização para a realização da operação de retirada do navio estimulador de poços de petróleo começou com a abertura da porta batel para a entrada de água na estrutura, fazendo com que ele voltasse a flutuar. De acordo com o diretor de operações do ERG, Ricardo Ávila, esse foi o primeiro trabalho na área de reparação naval e ocorreu dentro do esperado. ‘ O estaleiro se mostrou pronto e preparado para o próximo reparo’, disse Ávila ao fazer referência aos novos trabalhos que serão realizados no local. A expectativa do executivo é de que o navio Siem Helix II possa ser reparado no estaleiro, assim como outra embarcação que está em fase de tratativas com o armador.
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Emprego – Nos oito primeiros meses de 2021, o RS registrou a geração de 118,8 mil empregos formais – alta de 4,7% sobre o total. Nesse período, a Indústria foi a líder na criação de vagas, responsável por 38,8% dos novos postos, com destaque para os segmentos de máquinas e equipamentos e o coureiro-calçadista. O ranking é seguido do setor de Serviços (37,6% do total), Comércio (16,8%), Construção (4,7%) e Agropecuária (2,1%). No período de 12 meses, entre setembro de 2020 e agosto de 2021, o RS registrou a geração de 188,1 mil empregos formais, alta de 7,65%, enquanto na comparação de agosto com julho o saldo foi positivo em 11,8 mil vínculos formais. De acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), o RS tinha em agosto um estoque de 2,65 milhões de empregos formais.
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Energia – A CPFL Energia venceu o leilão de privatização do controle da CEEE-T em julho, ao apresentar proposta de R$ 2,67 bilhões, com ágio de 57,13%. O valor inicial estabelecido era de R$ 1,7 bilhão. Com isso a Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T) passou a ser oficialmente administrada pela nova proprietária. Essa e as demais privatizações estão injetando recursos no caixa do Estado e estão possibilitando a retomada de investimentos em obras e melhoria de serviços públicos, mas os próprios investimentos feitos pelas companhias que compraram as estatais significarão melhoria de serviço público, emprego, renda e movimentação da economia do Rio Grande do Sul em curto prazo, disse o governador Eduardo Leite durante a solenidade de entrega do controle da empresa. A CEEE-T tem 56 subestações, que somam potência instalada própria de 10,5 mil MVA, e opera outras 18 unidades. A empresa também é responsável pela operação e manutenção de 6 mil quilômetros de linhas de transmissão (5,9 mil quilômetros próprios) e cerca de 15,7 mil estruturas (quase 15,3 mil próprias).
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Até a próxima!