Operação de unidade de Candiota 2 é suspensa

    A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu suspender temporariamente a operação comercial da unidade geradora 1 da Fase A da termelétrica Candiota 2, que tem capacidade para gerar até 63 MW (cerca de 1,5% da demanda de energia do Rio Grande do Sul). Segundo nota da CGTEE, empresa que administra essa usina a carvão, a interrupção é decorrente da indisponibilidade da unidade devido a um problema ocorrido com o gerador. A recuperação dessa máquina será submetida à licitação, processo que se encontra em fase de análise de habilitação dos proponentes e, posteriormente, irá para avaliação da proposta comercial.
    O prazo previsto para execução desta recuperação é de oito meses, após finalizado o procedimento licitatório. Ainda conforme a nota da estatal, apesar de estar operando com resultados positivos nos últimos 39 anos, a turbina não apresenta deterioração, apenas desgaste normal pelo longo período de atividade. A Usina Termelétrica Presidente Médici, popularmente chamada de Candiota 2, teve a construção dividida em duas etapas. A fase A da usina, com duas unidades de 63 MW cada, foi inaugurada em 1974, quando foi integrada ao Sistema Interligado Brasileiro. No final de 1986, entrou em operação a fase B com duas unidades de 160 MW cada, totalizando 446 MW instalados. Mais recentemente, em 2011, foi inaugurada Candiota 3 (fase C), com 350 MW de capacidade.
    O chefe do departamento de produção da CGTEE, Élvio Luís Lopes Käfer, estima que a recuperação da unidade geradora 1 da fase A custará aproximadamente R$ 12 milhões. O dirigente salienta que todas as unidades do complexo termelétrico de Candiota são muito importantes, principalmente, para o controle de tensão da energia que abastece a região no entorno da usina. Käfer revela que também a fase B passa por uma revitalização técnica. O integrante da CGTEE calcula que dos 446 MW de capacidade instalada de geração de Candiota 2, estariam disponíveis hoje para serem despachados cerca de 100 MW. Käfer projeta que no segundo semestre do próximo ano será possível contar novamente com, praticamente, todas as plantas com capacidade total. 
    O coordenador do grupo temático de energia da Fiergs, Carlos Faria, argumenta que não é o ideal ficar sem uma fonte de energia firme (garantida) nesse período de verão, no qual se registram as maiores demandas de consumo. No entanto, o dirigente acrescenta que, nos últimos tempos, Candiota 2 não era uma termelétrica com que se podia contar o tempo todo. “É uma usina vagalume, liga e desliga”, compara o especialista. Ou seja, apesar de não ser uma situação confortável, a interrupção da unidade geradora 1 não deve implicar maiores problemas para o fornecimento de energia em geral no Rio Grande do Sul. Devido à idade de Candiota 2, Faria considera que o aconselhável seria a implantação de uma usina nova, para substituir a atual estrutura.
    Fonte: Jefferson Klein – Jornal do Comércio

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