A indústria pelotense de alimentos Josapar, dona da marca de arroz Tio João, está definindo os últimos detalhes de um projeto que prevê a construção de sua primeira unidade no Estado de São Paulo, afirmou ao jornal Valor Econômico o diretor comercial da empresa, Luiz Augusto Krause.
Com forte presença no mercado de arroz – a empresa tem participação de cerca de 10% no segmento do produto beneficiado, conforme estimativas -, a Josapar agora pretende ampliar sua atuação no mercado de feijão.
Atualmente, a Josapar industrializa feijão nas unidades de Pelotas (RS), Campo Largo (PR) e Recife (PE), que somam uma capacidade de cerca de 1,8 mil toneladas da leguminosa por mês, ou 21,5 mil toneladas por ano. Com a planta de Mairinque, a capacidade anual de beneficiar feijão da companhia deverá saltar para quase 60 mil toneladas.
Segundo Krause, a Josapar ainda não definiu os investimentos necessários para a construção da unidade de Mairinque, que também beneficiará arroz. Mas ele espera bater o martelo ainda neste ano, para iniciar as obras da nova unidade em 2014.
No caso do beneficiamento de arroz, a expectativa do executivo é que a unidade seja capaz de beneficiar em torno 9 mil toneladas do cereal por mês, ou mais de 100 mil toneladas por ano. Hoje, a Josapar industrializa arroz nas três unidades que também beneficiam feijão e também na planta de Itaqui (RS). Somadas, as quatro unidades tem capacidade para beneficiar cerca de 540 mil toneladas do cereal.
Apesar de também mirar a produção de arroz em Mairinque, Krause admite que a Josapar enfrentará dificuldades tributárias, uma vez que a empresa teria de trazer arroz de outros Estados ou de países do Mercosul. São Paulo não é um importante produtor de arroz. Na safra 2012/13, os agricultores paulistas devem colher apenas 86,9 mil toneladas, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), enquanto a produção nacional no período deve totalizar cerca de 11,9 milhões de toneladas. Estado de origem da Josapar, o Rio Grande do Sul responde por 44,5% da área plantada com o cereal.
Para tornar viável o beneficiamento de arroz em São Paulo, Krause aposta no fim da guerra fiscal. “Imagino que vamos ter uma reforma tributária no médio prazo. Nas condições atuais, acrescenta ele, o beneficiamento de arroz em Mairinque só vale a pena em alguns momentos do ano, a partir de importações de arroz do Paraguai.
Para evitar importações constantes de arroz e garantir a qualidade da matéria-prima, a Josapar mantém uma parceria com cerca de 600 agricultores do Rio Grande do Sul, que fornecem cerca de 50% do arroz demandado (cerca de 430 mil por ano). Pela parceria, a Josapar vende fertilizantes e sementes, com garantia de recomprar o arroz posteriormente. Por meio desse sistema, a revenda de adubo já responde por 13% do faturamento da Josapar, que totalizou R$ 909,9 milhões em 2012.
A empresa não mantém a mesma política com o feijão por dois motivos. O beneficiamento da leguminosa ainda é incipiente e a produção nacional de feijão vem recuando nos últimos anos, o que força a empresa a importar o produto mais caro da Argentina e da China. Neste ano, devido às quebras das safras argentina e brasileira, cerca 25% do feijão beneficiado pela Josapar é chinês.
Fundada em 1922 no município de Pelotas pelo imigrante português Joaquim Oliveira, a Josapar é uma empresa com ações listadas na BM&FBovespa. Com pouca liquidez, as ações ordinárias da empresa caíram 1,9% no ano, a R$ 18,50. As preferenciais recuaram 13,42%, a R$ 19.
Com forte presença no mercado de arroz – a empresa tem participação de cerca de 10% no segmento do produto beneficiado, conforme estimativas -, a Josapar agora pretende ampliar sua atuação no mercado de feijão.
A nova unidade, que será construída em Mairinque, no interior paulista, mais do que dobrará a capacidade de industrialização de feijão da empresa. “Ainda não fechamos todos os detalhes, mas, em termos de feijão, a capacidade deve ser algo como 3 mil toneladas por mês”, afirmou o executivo.
Atualmente, a Josapar industrializa feijão nas unidades de Pelotas (RS), Campo Largo (PR) e Recife (PE), que somam uma capacidade de cerca de 1,8 mil toneladas da leguminosa por mês, ou 21,5 mil toneladas por ano. Com a planta de Mairinque, a capacidade anual de beneficiar feijão da companhia deverá saltar para quase 60 mil toneladas.
Segundo Krause, a Josapar ainda não definiu os investimentos necessários para a construção da unidade de Mairinque, que também beneficiará arroz. Mas ele espera bater o martelo ainda neste ano, para iniciar as obras da nova unidade em 2014.
No caso do beneficiamento de arroz, a expectativa do executivo é que a unidade seja capaz de beneficiar em torno 9 mil toneladas do cereal por mês, ou mais de 100 mil toneladas por ano. Hoje, a Josapar industrializa arroz nas três unidades que também beneficiam feijão e também na planta de Itaqui (RS). Somadas, as quatro unidades tem capacidade para beneficiar cerca de 540 mil toneladas do cereal.
Apesar de também mirar a produção de arroz em Mairinque, Krause admite que a Josapar enfrentará dificuldades tributárias, uma vez que a empresa teria de trazer arroz de outros Estados ou de países do Mercosul. São Paulo não é um importante produtor de arroz. Na safra 2012/13, os agricultores paulistas devem colher apenas 86,9 mil toneladas, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), enquanto a produção nacional no período deve totalizar cerca de 11,9 milhões de toneladas. Estado de origem da Josapar, o Rio Grande do Sul responde por 44,5% da área plantada com o cereal.
Para tornar viável o beneficiamento de arroz em São Paulo, Krause aposta no fim da guerra fiscal. “Imagino que vamos ter uma reforma tributária no médio prazo. Nas condições atuais, acrescenta ele, o beneficiamento de arroz em Mairinque só vale a pena em alguns momentos do ano, a partir de importações de arroz do Paraguai.
Para evitar importações constantes de arroz e garantir a qualidade da matéria-prima, a Josapar mantém uma parceria com cerca de 600 agricultores do Rio Grande do Sul, que fornecem cerca de 50% do arroz demandado (cerca de 430 mil por ano). Pela parceria, a Josapar vende fertilizantes e sementes, com garantia de recomprar o arroz posteriormente. Por meio desse sistema, a revenda de adubo já responde por 13% do faturamento da Josapar, que totalizou R$ 909,9 milhões em 2012.
A empresa não mantém a mesma política com o feijão por dois motivos. O beneficiamento da leguminosa ainda é incipiente e a produção nacional de feijão vem recuando nos últimos anos, o que força a empresa a importar o produto mais caro da Argentina e da China. Neste ano, devido às quebras das safras argentina e brasileira, cerca 25% do feijão beneficiado pela Josapar é chinês.
Fundada em 1922 no município de Pelotas pelo imigrante português Joaquim Oliveira, a Josapar é uma empresa com ações listadas na BM&FBovespa. Com pouca liquidez, as ações ordinárias da empresa caíram 1,9% no ano, a R$ 18,50. As preferenciais recuaram 13,42%, a R$ 19.
Fonte: Valor Econômico
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