A ECOSUL anunciou ontem que desistiu do projeto de prorrogação do contrato do Polo Rodoviário de Pelotas, envolvendo as Brs 116 e 392, que havia sido encaminhado a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. A empresa emitiu uma nota, onde justifica que a “suspensão decorreu diante da ausência de um ambiente favorável à continuidade do projeto”.
O diretor superintendente da ECOSUL, Fabiano Medeiros, admitiu que não havia ambiente para levar a proposta adiante. De acordo com o gestor, líderes empresariais entenderam a proposta, mas “alguns líderes políticos” não concordaram com o projeto da concessionária. Segundo a empresa, o debate do tema iniciou ainda no ano passado com autoridades políticas, lideranças regionais, empresariais e sociedade. A ECOSUL buscava viabilizar investimentos na rodovia com a prorrogação antecipada do contrato com base na Lei 13.448/17.
Portanto, inserido em um “entendimento com Ministério da Infraestrutura de forma madura, respeitosa e equilibrada, de que o atual cenário não apresenta as condições mais favoráveis a todos os atores para avançar neste debate e nas próximas etapas do processo, optou-se pela solicitação de retirada da proposta junto à ANTT”, diz a nota.
O contrato da ECOSUL no Polo Rodoviário Pelotas vai até março de 2026 e garante cumprimento integral de todas as regras e prestando serviços de qualidade e atendimento ao usuário.
NOTA DA ECOSUL
A Ecosul informa que solicitou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a suspensão do pedido de prorrogação antecipada do contrato de concessão do Polo Rodoviário de Pelotas (BR-116 e BR-392).
A solicitação de suspensão decorre diante da ausência de um ambiente favorável à continuidade do projeto.
O debate em torno do tema teve início ainda no ano passado. De lá para cá, ocorreram vários diálogos com governos federal e estadual, parlamentares, prefeitos, lideranças empresariais e demais agentes da sociedade. Nesse período, a proposta inicial, que previa a redução da tarifa de pedágio, a modernização do contrato de concessão e a execução de obras nas BRs 116 e 392, teve o acréscimo de sugestões envolvendo ações também na BR-290 e outras importantes obras, como melhoria em acessos a cidades, viadutos e passarelas.
A Ecosul trabalhou sempre em busca de uma proposta equilibrada, que fosse boa para os usuários e para a empresa e que buscasse solucionar gargalos logísticos da região.
Tais investimentos seriam viabilizados por meio da prorrogação antecipada do contrato de concessão pelo tempo necessário ao devido reequilíbrio econômico financeiro, com base na Lei 13.448/17.
No entanto, tratou-se de um debate amplo e complexo, que enfrentou resistência por parte da sociedade.
Assim, num entendimento com o Ministério da Infraestrutura, de forma madura, respeitosa e equilibrada, de que o atual cenário não apresenta as condições mais favoráveis a todos os atores para avançar neste debate e nas próximas etapas do processo, optou-se pela solicitação de retirada da proposta junto à ANTT.
O contrato da Ecosul no Polo Rodoviário Pelotas vai até março de 2026 e a prioridade da empresa no momento é cumpri-lo seguindo integralmente todas as regras e prestando, com qualidade, todos os serviços de atendimento ao usuário e manutenção da infraestrutura rodoviária, além de manter a empresa como parceira da comunidade da Zona Sul e de todos os gaúchos em ações sociais, culturais e em outras áreas, mas, acima de tudo, na busca pela solução dos gargalos logísticos da região.
Se for do entendimento de todos de que é possível, no futuro, sem fazer qualquer previsão de data, retomar esse debate, com uma nova proposta, adequada à realidade do respectivo momento, a Ecosul estará disposta a cumprir o seu papel, e trabalhará para construir um novo estudo, que seja equilibrado e ideal para todas as partes.
A Ecosul agradece a todos os envolvidos nesse debate, especialmente às lideranças que dialogaram com a empresa de forma muito transparente, e reafirma seu compromisso de abertura ao diálogo, de forma permanente, com todos os agentes interessados na questão logística e no desenvolvimento da Zona Sul.