CAMINHOS DA ZONA SUL_________________________Paulo Gastal Neto
Nova ponte I – A coluna esta semana destaca uma obra que gerou polêmica no estado, mas que teve sua abertura ao tráfego na semana passada: A nova ponte do Guaíba! A transposição sobre o Lago Guaíba tem uma extensão de 13,6 quilômetros. São 7,6 quilômetros apenas em obras de artes especiais e mais seis de aterro, tendo 28 metros de largura nos vãos principais. O empreendimento da Nova Ponte do Guaíba foi executado quase em sua totalidade por elementos pré-fabricados. Ao todo foram moldadas mais de 18 mil unidades de estacas, pilares, vigas, lajes, aduelas, guarda-rodas e outras que consumiram 348,7 mil toneladas de concreto e quase 19 mil toneladas de aço. Apoiada em 3.232 estacas, a Nova Ponte do Guaíba é composta por duas faixas de rolamento para cada sentido (com 3,8 metros de largura cada), canteiro central de 1,3 metro e acostamentos de 3,9 metros.
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Nova ponte II – Para liberar as frentes de obra, foi necessário realocar mais de 501 famílias na faixa de domínio da Nova Ponte do Guaíba, no bairro Arquipélago (Ilha Grande dos Marinheiros e Ilha do Pavão). Dessas, 487 foram reassentadas por meio de compra assistida e outras 14 foram desapropriadas e indenizadas. Com a realocação desta população, que vivia da reciclagem de lixo, o meio ambiente também ganhou com a obra da uma vez que parte destas famílias morava dentro do Parque Estadual do Delta do Jacuí, uma unidade de conservação de proteção integral. Depois da saída destes moradores, ao todo foram retiradas da faixa de domínio da obra e do seu entorno mais de 15 mil toneladas de detritos. Esse material foi encaminhado para um aterro sanitário licenciado.
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Nova ponte III – A Nova Ponte do Guaíba será uma alternativa à ponte Getúlio Vargas e seu vão central móvel, em funcionamento desde 1957. Sempre que um navio de grande porte necessita passar sob a ponte Getúlio Vargas, é necessário parar o trânsito de veículos para elevar a plataforma móvel. Este içamento ocorre diariamente, provocando engarrafamentos de até cinco quilômetros em ambos os sentidos das rodovias BR-116/RS e BR-290/RS, afetando o tráfego interno de Porto Alegre.
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BRDE – A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, esteve reunida via on line com a nova presidente do BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Leany Lemos. A estratégia é a busca de novos recursos para a cidade. A prefeita Paula falou sobre os desafios econômicos que o município está enfrentando com o novo coronavírus e também apresentou suas propostas para continuar o fomento ao crescimento social e financeiro da cidade e cinco prioridades, entre o Executivo e o BRDE, a serem elaboradas a partir do ano que vem. Foram eles: apoio a fundos garantidores para microcrédito aos empresários dos bairros; Parcerias Público-privadas (PPPs); financiamentos destinados ao empresariado local; obras públicas de infraestrutura; modernização da gestão. Uma nova audiência, com o gerente da Metade Sul, Alexandre Ness, será realizada ainda em janeiro com a meta de iniciar o planejamento e a execução das ações.
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Pib – Rio Grande, ao lado de Caxias do Sul, foram os municípios gaúchos que mais ganharam em participação no ranking do Produto Interno Bruto (PIB) do RS relativo ao ano de 2018. Os dados mais recentes sobre a atividade econômica dos municípios mostram que a soma dos bens e serviços produzidos pela cidade da Serra chegou a R$ 24,68 bilhões ou 5,4% do PIB do RS – avanço de 0,24 ponto percentual na comparação com 2017, o maior ganho percentual do Estado. Com um PIB de R$ 10,85 bilhões em 2018, Rio Grande teve um avanço de 0,19 ponto percentual em relação ao ano anterior, o segundo maior do Estado. No ranking das 10 maiores economias do RS, Caxias do Sul e Rio Grande mantiveram em 2018 os mesmos postos de 2017, segundo e quinto lugares, respectivamente. Na lista, Porto Alegre segue na liderança, com um PIB de R$ 77,13 bilhões. No ano, a capital dos gaúchos, no entanto, viu nova queda na sua fatia de participação no total do RS, com perda de 0,45 ponto percentual, a maior entre os 497 municípios, o que a fez concentrar 16,9% do PIB do Estado. Pelotas entrou na lista dos destaques negativos. No ranking diculgado na quinta-feira passada, a cidade saiu das 10 maiores economias do RS (de 9° em 2017 para 11° em 2018). Os dados referentes ao PIB dos Municípios de 2018 foram divulgados pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG). O estudo foi elaborado em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Até a próxima!