Profundidade do canal e revisão de regras reforçam investimentos e prometem competitividade ao setor
As novas medidas do calado no porto de Rio Grande não são a garantia, mas dão as condições para que o terminal gaúcho possa ser mais atrativo para o comprador e, também, para o produtor. A intenção é dar um alcance bem além dos 15 metros do calado – que inclusive superaram a estimativa inicial. Outras propostas e resoluções se somam à homologação obtida na segunda-feira, dia 26.10, em cerimônia com as participações do governador Eduardo Leite e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. E tentam dar nova configuração ao porto. – A modernização é para deixar os portos com mais eficiência, produtividade e competitividade. Para o agro, é a garantia de médio e longo prazo de infraestrutura de todos os seus modais de interesse – resume Fernando Estima, superintendente do porto.
Confira ações realizadas ou em curso em Rio Grande
Capacidade maior
O novo calado (e a profundidade das áreas interna e externa do canal de passagem) amplia em 10% o potencial de movimentação de carga em Rio Grande. Fazem isso ao permitir que navios maiores e também mais carregados transitem nas águas da estrutura gaúcha. Maior volume representa perspectiva de custo menor para os compradores externos e de maior rentabilidade ao produtor.
Espaço do arroz
A estrutura da extinta Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) foi licitada para a iniciativa privada e transformada no Terminal Logístico doArroz (TLA). O espaço, destinado exclusivamente aos embarques do cereal, passa por modernização. A estimativa é de que, já na próxima safra, seja possível realizar embarques e também receber importações.
Investimentos
Mudanças como a revisão dos poligonais se somam às novas medidas e viabilizam investimentos, como o da CCGL. Na lista de apostas no porto gaúcho estão outros aportes importantes, como na área de fertilizantes. A Yara está finalizando obra em que aplicou R$ 2 bilhões em seu complexo, o que aumentará a capacidade de produção e a de mistura. O superintendente do porto Fernando Estima acrescenta investimentos de Unifértil, Josapar e Timac Agro, que somam R$ 500 milhões.
HUB
Para Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Terminal de Contêineres (Tecon), as ações conjuntas dão segurança para novos movimentos no porto: – Rio Grande deu um passo gigantesco para enfrentar o futuro. Tenho certeza de que seremos um novo hub.