As exportações de setembro registraram queda na comparação com o mesmo período do ano passado. Os US$ 874 milhões comercializados no período significam um resultado 17,3% menor. Soja e carnes foram os principais responsáveis pelo resultado, conforme aponta o Relatório de Comércio Exterior do Agronegócio do RS, divulgado pelo Sistema Farsul nesta terça-feira, dia 9. Apenas o grupo cereais teve resultado positivo, puxado pelo arroz.
O complexo soja teve um total de exportações de US$ 470 milhões, uma queda de 13,7%, na comparação com setembro de 2017. Farelo de soja registrou queda de 2% e soja em grãos caiu 17,5%, já o óleo de soja teve um aumento de 174%. No grupo carnes o resultado foi uma retração de 42% no valor exportado, o equivalente a US% 177 milhões.
Frango e suínos tiveram as vendas reduzidas pela metade, uma retração de 51,8% e 50,2% respectivamente. Já a Carne Bovina apresentou um aumento de 12,6% no valor exportado. O grupo fumo também registrou uma diminuição nas vendas de 17,2%, assim como produtos florestais, com queda de 11,4%. Já o grupo cereais apresentou movimento oposto, com alta de 11,4%. Quase a totalidade das exportações do grupo foi representada pelo arroz, com 11%.
Na comparação entre os meses de agosto e setembro de 2018, também houve retração de 16,2% no valor e 22,6% no volume exportado. O complexo soja registrou queda de 25,3%, assim como fumo (-5,3%) e produtos florestais (-22,8%). Já o grupo carnes teve alta de 24,9%, puxado pelas vendas de frango e suínos (80,5% e 18,2%). A comercialização da carne bovina caiu 18,5%. O arroz foi o responsável pelo aumento de 44,3% do grupo cereais, com um crescimento de 45% no período.
No acumulado do ano, o agronegócio do Rio Grande do Sul exportou US$ 8,957 bilhões, um aumento de 4,5% na comparação com o mesmo período de 2017. O setor foi responsável por 67,3% do valor total exportado pelo estado. O saldo da balança comercial do setor foi de US$ 316 milhões. A China segue como principal destino do produto gaúcho, com 47,9% do total comercializado. Na sequência vem Estados Unidos (3,6%) e Eslovênia (2,9%).