GREVE DOS CAMINHONEIROS: RESUMO SOBRE SERVIÇOS

    Aeroporto

    Aeroporto Salgado Filho recebe mais combustível e garante operação até a tarde deste sábado

    Dois caminhões-tanque saíram da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, e seguiram até o terminal, com escolta policial

    O Aeroporto Internacional Salgado Filho recebeu, na tarde desta sexta-feira (25), mais uma remessa de combustível de aviação. Dois caminhões-tanque saíram da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, e seguiram até o terminal, com escolta policial, em razão da greve dos caminhoneiros, que completou cinco dias nesta sexta-feira (25).

    A previsão é de que a carga garanta as operações até as 17h deste sábado (26), segundo a Fraport, empresa alemã que administra o aeroporto. Essa é a segunda entrega desta sexta-feira no Salgado Filho – a primeira ocorreu pela manhã, quando duas carretas foram encaminhadas ao local. A ação para garantir a autonomia do aeroporto, com o apoio de forças de segurança, vem sendo empregada desde quinta-feira (24). Operações nos mesmos moldes estão ocorrendo em outros Estados.

    A Fraport ressalta que “alterações de itinerários deverão ser obtidas diretamente com as companhias aéreas que operam no aeroporto”. Os clientes que acessam o site oficial da empresa são alertados pela seguinte mensagem:

    “Devido à greve dos caminhoneiros no Brasil, estamos operando com nossos níveis de reserva de combustível, sendo possível haver impactos nas operações das empresas aéreas”.

    Porto do Rio Grande

    A Superintendência do porto do Rio Grande comunica que a paralisação dos caminhoneiros afetou significativamente a importação e exportação de cargas, visto o transporte rodoviário ser responsável por cerca de 80% desta movimentação em todo complexo portuário.

    Comunicamos que inexistem manifestações diretas em torno da área portuária e que os terminais público e privados estão trabalhando internamente realizando os serviços possíveis e necessários ao mesmo tempo que aguardam as tratativas da categoria do transporte rodoviário para que, tão logo seja superado este impasse, retomem as atividades junto ao Porto do Rio Grande.

    Janir Branco
    Diretor Superintendente

    Supermercados

    Responsável pelo abastecimento de 90% dos itens de necessidade básica dos gaúchos, o setor supermercadista não ficará desabastecido de alimentos nas próximas semanas. A afirmação é do presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, que busca tranquilizar os consumidores com relação aos estoques das lojas do segmento. “Se a paralisação dos caminhoneiros perdurar, faltarão produtos pontuais, mas o desabastecimento completo não ocorrerá. Os consumidores seguirão encontrando produtos alimentícios, bebidas e itens de higiene e limpeza nos supermercados, a menos que a greve se estenda por muitas semanas. O Estado possui 4,4 mil supermercados e, se o cliente não encontrar algo em uma loja, poderá encontrar este mesmo item em outro ponto de venda”, afirma.

    O presidente da Associação destaca a gravidade da paralisação, mas garante que a preocupação do setor supermercadista não é com o desabastecimento das gôndolas. “Há situações muito mais preocupantes, como a impossibilidade do deslocamento das pessoas e os problemas relacionados à saúde pública, com a falta de medicamentos e de tubos de oxigênio nos hospitais. Comida não vai faltar”, garante Longo. Segundo o supermercadista, o consumidor está acostumado a migrar de produtos para economizar, e saberá compor sua cesta de compras com os produtos disponíveis nos supermercados. “Se faltar pão, o cliente migra para um biscoito. Se faltar requeijão, migra para a margarina, e assim por diante. Não há motivo para pânico”, exemplifica.

    O presidente da Agas informa, ainda, que os supermercados aguardam para as próximas horas um desfecho positivo para a greve. “Entendemos que os caminhoneiros mostraram a força do povo brasileiro ao Governo. A paralisação se fez necessária, mas é hora das partes chegarem a um acordo definitivo para o problema, que é de todos”, conclui Longo.

    Serviços básicos são afetados pela paralisação

    Itens da merenda como arroz, açúcar e leite, começam a faltar nas escolas municipais

    Hemodiálise e doações de órgãos são priorizadas

    A Secretaria de Saúde (SMS) conseguiu abastecer três veículos, nesta sexta-feira (25). Para economizar o combustível, o serviço de transporte de pacientes entre municípios, realizado pelos carros de passeio, está suspenso. Por enquanto, três ambulâncias do Samu atuam na cidade, sem as motocicletas de apoio, para casos de urgência e transplante de órgãos.

    O serviço de transporte de pacientes para consultas nas cidades de Porto Alegre e Bagé, realizado de segunda a sexta-feira por um ônibus de 45 lugares fretado, será mantido, por enquanto.

    No domingo (27), o transporte dos profissionais da rede de urgência e emergência será garantido com o apoio de um ônibus da Secretaria de Educação e Desporto (Smed) e de uma van da SMS, para evitar que unidades de atendimento sejam fechadas pela falta de funcionários.

    Merenda pode faltar

    A merenda escolar começa a ser comprometida pela paralisação dos motoristas. Em alguns colégios, itens como arroz, açúcar e leite já faltam nas dispensas. O gás de cozinha também é outro item que chega às escolas com dificuldade. O transporte escolar está garantido até a segunda-feira (28). As instituições de educação Marechal Rondon e João da Silva Silveira, localizadas na Colônia de Pelotas, não funcionam à noite enquanto o transporte coletivo não normalizar – empresa Bosembecker não está mais fazendo o atendimento.

    Operações Integradas continuam

    Durante o final de semana as forças de segurança do município realizam as Operações Integradas, parte do Pacto Pelotas pela Paz, normalmente. Na segunda-feira (27), a Guarda Municipal volta a atuar no mesmo esquema utilizado nos últimos dias: viaturas permanecem em pontos base; saem para fazer o atendimento as ocorrências e retornam.

    Coleta seletiva é interrompida

    Na quarta (23), o Sanep havia comunicado mudança em seus horários de atendimento: das 12h30 às 18h30. A partir desta sexta (25), o serviço de coleta seletiva da zona urbana está suspenso, bem como o recolhimento de resíduos da zona rural. Ambas as ações tem o objetivo de economizar e manter serviços essenciais, e a autarquia municipal solicita que a população guarde o lixo reciclável em casa. Os Ecopontos funcionam até sábado (26) e a coleta de resíduos orgânicos está garantida até a terça-feira (29).

    Agentes de trânsito utilizam motos

    Para atender acidentes, os agentes da Secretaria de Transporte e Trânsito (STT) utilizam somente motos, e realizam rondas a pé. Os automóveis são reservados para situações de emergência.

    Horário diferenciado no transporte público

    Enquanto houver desabastecimento na cidade, os ônibus do transporte coletivo funcionarão com os horários da tabela de sábado durante a semana e não haverá o “corujão” – a última saída do Centro será à meia-noite e meia (0h30min). No sábado, a tabela de domingo será utilizada, com reforços nos horários de pico. No domingo não haverá atendimento.

    Serviços de encomendas suspenso

    A Estação Rodoviária de Pelotas adotou a suspensão do serviço de encomendas, enquanto a paralisação nas estradas permanecer. As linhas intermunicipais sofrerão mudanças em seus horários, a partir deste sábado (26). As empresas parceiras da Eterpel adotaram o horário de sábado nos dias normais, e de domingo no final de semana. Para esta sexta-feira (25), passagens com destino para Porto Alegre estão esgotadas.

    Patrolamento suspenso na zona rural

    A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) atenderá apenas casos de emergência no interior do município. O serviço de patrolamento, que exige o envio de funcionários para locais muito distantes, está suspenso. O objetivo é economizar combustível. A inspeção municipal nos abatedouros da região também terá seu atendimento reduzido, em função dos próprios estabelecimentos não receberem animais para o abate.

    Assistência Social não se deslocará

    Enquanto a economia de combustível se fizer necessária, os serviços de busca ativa e estudo social dos Centros de Referência (Cras), Centros de Referência Especializados (Creas) e o Cadastro Único estão paralisados, mas o atendimento ao público, nos locais, permanece em funcionamento. A fim de garantir o atendimento das unidades da rede municipal no domingo (27), um esquema de transporte dos profissionais foi elaborado, utilizando os veículos da própria secretaria.

    No Restaurante Popular o almoço está garantido até terça-feira (29), e a situação será avaliada na próxima semana.

    Saibro e material de iluminação não chegaram

    A Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui) não poderá realizar o serviço de saibramento das vias da cidade, e tão pouco a requalificação da iluminação pública. Os caminhões que trazem os materiais estão trancados nas manifestações das rodovias.

    UFPEL suspende atividades acadêmicas

    Diante da crise nos serviços de transporte e a dificuldade de pleno desenvolvimento das atividades da Universidade Federal de Pelotas, a Administração Central comunica que, na segunda-feira, dia 28 de maio:

    a) todas as atividades acadêmicas estão suspensas;

    b) as atividades administrativas estão mantidas, mas pede-se a compreensão das chefias por eventuais atrasos ou descontinuidade nos serviços;

    c) o Restaurante Universitário do Capão do Leão não abrirá;

    d) o Restaurante Universitário da Telles atenderá somente os bolsistas;

    e) o Restaurante Universitário da Santa Cruz funcionará normalmente.

    Informa ainda que, no final de semana, o Restaurante Universitário terá funcionamento normal.

    Na segunda-feira à tarde, a Administração Central vai se reunir para avaliar a situação do momento e emitir comunicado com novas orientações.

    UCPEL – Comunicado – Suspensão das atividades

    A Universidade Católica de Pelotas informa que, em razão da paralisação dos caminhoneiros, estão suspensas as atividades a partir das 13h desta sexta-feira e no sábado, tanto para graduação quanto para pós-graduação. Está mantido o funcionamento do Lar da Criança São Luiz Gonzaga, do Hospital Universitário São Francisco de Paula, das Unidades Básicas de Saúde e do Ambulatório do Campus da Saúde. Os alunos serão liberados de suas atividades nas UBS’s e no Ambulatório a partir das 15h.
    A Universidade ressalta ainda que a programação do Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Cariologia (CarioBra), realizado em sua sede, não será afetada, assim como o 2° Workshop Extremo Sul de Pesquisa Empírica em Direito, que será realocado para ocorrer no prédio C do Campus I.

    FURG suspende aulas nesta sexta, 25, e sábado, 26

    Com a redução da oferta de serviços de transporte coletivo nesta quinta-feira, 24, e a possibilidade de agravamento nos próximos dias, a FURG decidiu suspender as aulas em todos os campi nesta sexta-feira, 25, e sábado, 26. A proposta de reestruturação do Calendário Universitário será submetida ao COEPEA, visando à recuperação das atividades não realizadas nestes dias. As atividades administrativas e demais atividades acadêmicas serão mantidas. Também seguirão inalterados os serviços do Grupo de Vigilância, Hospital Universitário e os considerados essenciais e intransferíveis.

    A Reitoria da FURG continuará monitorando a situação durante o final de semana, a fim de se pronunciar oficialmente sobre as atividades previstas para a segunda-feira, 28.

    O Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (CIERGS) ingressou, nesta sexta-feira (25/5), na Justiça Federal do RS com ação judicial contendo pedido liminar para o fim do bloqueio e desobstrução das vias federais e estaduais pelas quais são transportados produtos das indústrias gaúchas associadas. Para o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS/CIERGS), Gilberto Porcello Petry, a paralisação dos caminhoneiros em rodovias do País, além de prejudicar a população, traz consequências para a indústria gaúcha, na medida que impede as mercadorias de chegarem aos seus destinos. Mesmo considerando as manifestações legítimas, Petry afirma que as mesmas não devem comprometer o fluxo de cargas e de pessoas. “O bloqueio das estradas agride o direito constitucional assegurado de ir e vir das pessoas no Brasil”, afirma.

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