APL DO POLO NAVAL INCLUIU INDÚSTRIA ENERGÉTICA DURANTE A 4ª FEIRA DO POLO

    POLO NAVAL - 12.11.15 - C5593

    Novidade na programação da 4ᵃ Feira do Polo Naval deste ano, encerrada no dia 12 de novembro, em Rio Grande, o Congresso Sul Energia provou-se como o grande destaque do evento. A aposta dos organizadores, sempre atentos ao contexto regional, culminou com o anúncio, em assembleia geral extraordinária, da mudança no estatuto do Arranjo Produtivo Local do Polo Naval, que agora passa a se chamar Arranjo Produtivo Local do Polo Naval e de Energia. A notícia surgiu em um momento de crise para um dos setores e de ascensão para o outro, que deve gerar uma movimentação financeira de até R$ 10 bilhões nos próximos cinco anos.

    A diversidade e, simultaneamente, a união dos setores, foi a palavra de ordem da 4ª Feira do Polo Naval. Atenta ao cenário de crise, reconhecido pelo seu próprio coordenador, Fernando Estima, a feira buscou a energia como novo fôlego para a sua programação. De acordo com o coordenador do Congresso Sul Energia, Fabrício Iribarrem, projetos como a Bolognesi Energia, que prevê a instalação de uma usina termelétrica em Rio Grande, estão apenas em fase de reestruturação devido ao valor do dólar. “Somando alguns projetos nós temos mais de R$ 10 bilhões em investimento na região para os próximos anos”, afirma ele.

    A nova realidade com a chegada da indústria voltada para a energia deve transformar o contexto social e econômico da região. Iribarrem argumenta, contudo, que se deve buscar mais de uma alternativa. “Não podemos nos ater somente à eólica ou hídrica, temos que pensar em térmicas também”, cita ele, que acredita ser possível que o Rio Grande do Sul torne-se autossuficiente em energia nos próximos anos e criando até a possibilidade de ser exportadora.  Em números, alguns empreendimentos significam a geração de mais de 4 mil empregos diretos na região.

    Com a inclusão do setor energético e sua cadeia produtiva, as duas indústrias – naval e energética – começam a caminhar juntas na sua base, conforme explica o diretor-presidente do APL, Danilo Giroldo. “A região já está se consolidando, isso não é uma expectativa, é uma realidade”, definiu ele, salientando que a Feira do Polo Naval foi um palco importante para a união que se concretizou. Com a mudança, a indústria naval e energética encontram-se na mesma linha de produção, fortalecendo indústrias que fabricam peças para os dois setores. “A cadeia produtiva dos dois setores agora começa a se encontrar e ela já é, de fato, muito semelhante”, explica Giroldo.

    O presidente do conselho administrativo do APL, Jefferson Puccinelli afirma que os associados aprovaram a mudança. “Eles nos indicaram que estávamos no caminho certo ao ampliar o nosso escopo do APL para incluir a energia”, diz ele. O Congresso Sul Energia, na visão de Puccinelli, reforçou a necessidade da inclusão energética no arranjo. “O que muda é que agora integraremos as cadeias produtivas, principalmente na parte de construção”, resume.

    Fernando Estima também celebrou a união, além de agradecer ao APL pela parceria. Ele, que admitiu a dificuldade para se organizar uma feira diante das atuais dificuldades, não escondeu a felicidade do resultado com a 4ª Feira do Polo  Naval e o Congresso Sul Energia: “se fizemos essa, não tem como nos derrubarem mais”.

    Evento
    A 4ª edição da Feira do Polo Naval RS teve como promotores a Prefeitura Municipal de Rio Grande, FURG, Superintendência do Porto de Rio Grande, APL Polo Naval e Off Shore e Bolsa Continental de Mercadorias. São patrocinadores desta edição: Petrobras; Caixa; CMPC Celulose Riograndense; Tecon; Prefeitura Municipal do Rio Grande; Sagres Agenciamentos Marítimos, além do apoio do Sebrae.

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