A Agência Nacional do Petróleo (ANP) não esconde a expectativa em torno da 13a Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios de Petróleo e Gás Natural. No leilão marcado para os dias 7 e 8 de outubro, no Rio de Janeiro, a agência acredita que as áreas situadas na Bacia Pelotas serão as que atrairão maior interesse das empresas para prospecção.
Em reunião na sede da ANP na última quinta-feira (20), no Rio de Janeiro, o diretor da agência, José Gutman, afirmou que os 51 blocos situados próximos da costa no extremo sul do Estado estão sendo visados por grandes petroleiras.
“Essa bacia deve ser a grande vedete do leilão. Das 39 empresas habilitadas a participar da disputa em áreas de todo o Brasil, existem exploradoras nacionais e internacionais de grande porte que podem arrematar os blocos de Santa Vitória do Palmar e do Chuí”, disse Gutman.
Sobre o impacto da exploração na região, o diretor da ANP disse que se trata de um investimento com retorno no médio prazo para os municípios. “A partir do resultado do leilão e da concessão, as vencedoras devem realizar mais estudos sísmicos para fazer perfurações e depois, então, instalar as plataformas e produzir”, explicou.
Situada a cerca de 200 quilômetros da costa, perto da fronteira do Uruguai, a área da Bacia Pelotas que estará no leilão do dia 7 de outubro possui 18,6 mil km2 e, conforme projeções da ANP, um volume de petróleo estimado em 15 bilhões de barris. Dos 51 blocos, mais da metade ficam em águas profundas, com lâmina d’água entre 1,5 mil e 3 mil metros e com necessidade de até 5 km de perfuração no fundo do mar. A ANP projeto um investimento mínimo de R$ 530 milhões por parte das vencedoras do leilão.
BLOCOS ANTERIORES
Com relação aos blocos já concedidos no leilão realizado em 2004, tanto a ANP quanto a Petrobras apontam dificuldades em obter a licença ambiental como principal obstáculo à exploração.
“Somos uma empresa de petróleo com todo interesse em produzir nas áreas concedidas, como a Bacia Pelotas. Estamos nos reestruturando e vamos buscar com o Ibama uma forma de destravar esse processo”, disse o consultor da presidência da Petrobras, Armando Toledo.
Quatro blocos próximos à costa nortense já estão concedidos à Petrobras em parceria com a francesa Tottal e aguardam desde 2013 pelo licenciamento do Ibama para iniciar a perfuração. Estiveram presentes ao encontro a deputada estadual pelo RS, Miriam Marroni e o prefeito de Santa Vitória do Palmar, Eduardo Morrone.
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