A direção do Grupo Bolognesi, responsável pela implantação de uma usina termelétrica a gás e pela planta de regaseificação de GNL em Rio Grande, com investimentos de R$ 3,3 bilhões, apresentou esta semana detalhes do andamento do projeto ao governador José Ivo Sartori e equipe, no Palácio Piratini. O empreendimento, na Região Sul, vai gerar 1.238 MW a partir do gás natural, correspondendo a 30% da energia elétrica do Rio Grande do Sul, e começara a ser construído ainda neste ano.
Segundo o presidente do grupo, Ronaldo Bolognesi, o cronograma está de acordo com o planejado. Com a liberação da Licença de Instalação (LI), pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), prevista para julho, as obras deverão iniciar-se entre outubro e dezembro, gerando uma média de mil empregos e podendo alcançar 2,5 mil postos de trabalho em períodos de pico.
A usina termelétrica (UTE) de Rio Grande será constituída de três turbinas a gás, com emissões que atendam aos padrões internacionais. A construção da UTE, que levará 36 meses, será realizada por um consórcio liderado pelo grupo espanhol Duro Felguera S/A. “Estamos na porta de entrada do nosso projeto e está tudo alinhado para sua concretização. Vamos injetar gás na região”, disse o presidente do Grupo Bolognesi – o terceiro maior operador de térmicas do país. A energia comercializada deve ser entregue a partir de 1º de janeiro de 2019.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, trata-se de um projeto estruturante e indutor de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul. “O papel do governo é fazer o trabalho de articulação e organização dos atores envolvidos. Nós equacionamos as questões para que os investidores possam cumprir seus prazos.”
Participaram da reunião os secretários de Minas e Energia, Lucas Redecker, do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, dos Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, e Geral de Governo, Carlos Búrigo.
O PROJETO
O projeto da usina termelétrica a gás de Rio Grande foi contemplado pelo último leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o segmento, o Leilão de Energia A-5, realizado em 2014. O projeto inclui ainda um píer de atracação, o terminal de regaseificação e um gasoduto de transferência. As termelétricas são consideradas importantes por fornecerem segurança e estabilidade ao sistema elétrico nacional, pois independem das condições climáticas, como as hidrelétricas.
O terminal de regaseificação terá capacidade para 14 milhões de metros cúbicos por dia, podendo receber dois navios cargueiros ao mês, e ficará situado ao lado do terminal da Petrobras. Contará com um navio de estocagem e regaseificação de forma permanente. A usina será construída no Distrito Industrial do município. Já o gasoduto Rio Grande-Triunfo terá 311 quilômetros de extensão.
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