Manifestantes ocupam ANTT e pedem fim de pedágio

    Mais de 400 pessoas ocuparam ontem a sede do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) e da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), em Pelotas.

    Os manifestantes pedem o fim da praça de pedágios de Retiro, localizada na BR-116; a redução das tarifas cobradas pela Ecosul; e a garantia de que não haverá cobrança de pedágio após o término da duplicação da BR-116,  entre Pelotas e Porto Alegre – a obra é realizada com recursos públicos, mas as rodovias são administradas pela empresa Ecosul. Hoje, dois representantes do movimento serão recebidos por integrantes da ANTT e do Ministério dos Transportes para uma reunião, em Brasília.

    A ocupação do local é a 13ª manifestação realizada pelo movimento, que reúne mais de dez sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à Força Sindical, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), movimento estudantil e de moradores da região.

    De acordo com um dos líderes do movimento, o vereador de Pelotas Ivan Duarte (PT), os manifestantes se sentem “enrolados”. Conforme Duarte, já houve reuniões com a presidente Dilma Rousseff (PT), com ministros, diretores do Dnit e ANTT, além de realizar audiências públicas e diálogos com deputados federais e estaduais.

    “O Ministério dos Transportes prometeu uma resposta para janeiro, estamos em abril, sem nenhum retorno. Esse processo de reivindicação é de alguns anos, já falamos com três ministros diferentes e até agora nada. Temos um pedágio em uma área urbana, o que nos prejudica. Também não queremos que a duplicação que está sendo paga com dinheiro público seja cobrada depois pela empresa de pedágio”, afirmou.

    De acordo com o Ministério dos Transportes, o trecho em discussão é concedido, e quem faz a fiscalização é a ANTT.

    As reivindicações foram amplificadas em 2013, quando se encerraram os contratos de concessão firmados pelo governo estadual em 1998. Embora o trecho de Pelotas não pertença ao mesmo grupo de contratos, pois trata-se de uma concessão federal, os usuários têm intensificado a pressão sobre  a União.

    Enquanto a administração das rodovias estaduais foi assumida pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), os trechos de seis estradas federais que integravam os polos privados foram devolvidos ao governo federal. Enquanto, nas rodovias do Estado, a tarifa para veículos de passeio comerciais com dois eixos varia entre R$ 3,00 e R$ 5,20, o preço cobrado pela Ecosul é de R$ 7,00. “Esse valor já foi mais alto. Mesmo baixando o preço do pedágio, em alguns casos, ainda é três vezes maior do que o do governo do Estado.”

    Fonte: Fernanda Nascimento – Jornal do Comércio
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