Jornal do Comércio: Ponte da BR-392 deve ser reativada em 2015

    No meio do caminho, havia uma ponte. Com um ano de vida, a duplicação do trecho da BR-392 que liga os municípios de Pelotas e Rio Grande, na zona Sul do Estado, esbarra em uma ponte desativada desde 1974. O motivo do atraso de mais de dois anos para o início das obras de reativação – a previsão inicial era de conclusão no final de 2012 – é uma série de questões levantadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) durante a confecção do projeto, entre elas a definição por recuperar a estrutura, ao invés de construir uma nova. O estudo de viabilidade, realizado por empresa terceirizada, foi enviado para Brasília, onde o órgão público possui um setor especializado em pontes e viadutos, e aguarda análise há mais de um ano. A via utilizada hoje é a única forma de acesso terrestre a Rio Grande.

    A ponte localiza-se sobre o canal São Gonçalo, ficando dois quilômetros de Pelotas e a 50 quilômetros de Rio Grande. O fechamento dela, há 40 anos, ocorreu em função de problemas com as vigas. Segundo o superintendente regional do Dnit, Vladimir Casa, houve busca por paliativos, mas, por fim, optou-se por bloqueá-la. “Por dois anos, a população usou uma balsa para fazer a travessia, e, depois, foi construída uma segunda ponte, enquanto a primeira não era restaurada”, explica. Os conhecimentos técnicos de engenharia e a tecnologia necessária, contudo, só existem nos dias de hoje.

    “Esse projeto está finalmente em vias de ser aprovado. Feita essa aprovação, devemos licitar a obra e contratar uma empresa para o serviço até maio ou junho”, afirma o superintendente. A previsão de Casa é de que a recuperação seja concluída um ano após seu início, ou seja, no final do primeiro semestre de 2015.

    A duplicação da BR-392 começou em janeiro de 2009 e foi terminada em fevereiro do ano passado, sendo passada para uma segunda etapa a construção de dois viadutos – um na Vila do Povo Novo, já pronto, e outro na Vila da Quinta, que deve ser finalizado na metade de fevereiro. “A obra da ponte não aconteceu ainda porque é um trabalho diferente, já que não é todo dia que se reativa uma ponte desse tipo. Mas a demora é porque estamos procurando a melhor e mais econômica alternativa”, avisa o superintendente. O valor previsto para a obra não foi divulgado. A licitação será realizada através de um Regime Diferenciado de Contratações (RDC).

    As obras de duplicação da rodovia foram divididas em quatro lotes. O primeiro ia da Ponte do Retiro, na BR-116, até a ponte do canal São Gonçalo, já na BR-392, um total de 16,6 quilômetros. O lote dois ia do km 60,7, na ponte sobre o São Gonçalo, até o km 35,8, no Banhado 25. O terceiro se iniciava no km 35,8 e ia até o km 8,7, próximo ao Superporto do Rio Grande. O último lote tinha início na avenida Maximiano da Fonseca, área do superporto, e terminava no km zero da BR-392, na avenida Honório Bicalho, no perímetro urbano de Rio Grande. O investimento total da obra foi de R$ 350 milhões, oriundos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.

    Fonte: Isabella Sander – Jornal do Comércio
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