Reportagem “RS que dá certo” da Zero Hora dominical destaca Josapar, de Pelotas

    A série “O Rio Grande que dá certo” conta histórias de empresas gaúchas que enfrentam o desafio diário de se manter no topo, crescendo e inovando. 

    Todo domingo, no caderno ZH Dinheiro, uma empresa é lembrada. Pela seção já passaram, entre outras, Lojas Renner, Comil, Panvel e Pompéia, além da pelotense Expresso Embaixador.

    Neste domingo o destaque foi para a Josapar, empresa sediada em Pelotas. A matéria foi assinada pelo repórter Rafael Divério sob o título “Receita americana com sabor brasileiro”. 
     
    Dona da marca Tio João, tradicional arroz produzido em Pelotas, a Josapar agora também aposta suas fichas na soja. Criada pelo português Joaquim Oliveira, em 1922, a graneleira vende produtos a todos os Estados brasileiros e exporta para mais de 40 países, da América do Sul à Ásia.

    – Meu avô chegou ao Brasil com uma carta de recomendação para trabalhar em um armazém. Cresceu e comprou o local. Prosperou mais e, quando morreu, 30 anos depois, tinha uma rede de atacados e terras para plantação de arroz e criação de gado – conta o diretor vice-presidente da Josapar, Augusto de Oliveira Júnior.

    Foi pouco antes da morte do fundador que a Josapar deu uma guinada. Após uma viagem aos Estados Unidos, a família voltou encantada com o Uncle Ben’s. Decidiu repetir a fórmula no Brasil e criou o arroz Tio João. O nome homenageia um tio, com esse nome, mas a receita é americana. O Tio João virou referência no Estado e se transformou no carro-chefe da empresa, que hoje beneficia mais de 450 mil toneladas por ano. É uma das marcas de arroz mais vendidas no país.

    A empresa investe no grão e em suas variações. Criou marcas voltadas a várias culinárias: itaiana, tailandesa, japonesa e indiana. Também mantém no mercado os tipos parboilizado, integral e arbóreo, e a linha Cozinha Fácil, com pratos semiprontos, como o arroz à grega.

    Para acompanhar o arroz, o feijão Meu Biju entrou na linha de produção em cinco variedades: preto, carioca, vermelho, branco e rajado. Atualmente, a Josapar tem 1,1 mil funcionários, espalhados por Pelotas, Itaqui, Recife (PE) e Campo Largo (PR).

    Com bons resultados garantidos no feijão com arroz, a empresa agora se aventura no beneficiamento da soja. O objetivo é crescer 10% em relação ao faturamento de R$ 1,18 bilhão do ano passado.

    – Notamos uma carência no mercado para atender pessoas que apresentam intolerância à lactose. Assim, desenvolvemos produtos com soja – explica Oliveira.

    Surgiram os produtos SupraSoy, Soy+ e Soy Plus. São alimentos à base de proteína de soja, enriquecida com vitaminas e minerais, que oferecem uma alternativa para pessoas que não podem consumir o leite tradicional. Também são produzidos sucos.

    Perfil
    – Fundação: 1922
    – Localização: Porto Alegre
    – Unidades: Pelotas, Itaqui, Recife (PE) e Campo Largo (PR)
    – Número de funcionários: 1,1 mil
    – Descrição: fabrica derivados de grãos como arroz, feijão e soja
    – Principais produtos: arroz Tio João, feijão Meu Biju e produtos Soy
    – Faturamento no ano anterior: R$ 1,18 bilhão
    – Faturamento previsto para 2013: R$ 1,29 bilhão
    – Exportações: mais de 40 países, da América do Sul ao Oriente Médio
    – Principais destinos: São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul

    A partir do crescimento da área voltada à soja, a Josapar pretende ampliar o campo de atuação. Com base em pesquisas com os clientes, estuda criar novos produtos. Uma área foi adquirida em São Paulo para instalar uma unidade de processamento.

    – Creio que a partir do momento em que entrarmos em um mercado como o paulista, teremos capacidade para expandir a marca – avalia o vice-presidente Augusto de Oliveira.

    Além de desenvolver novidades na linha de produção, a empresa alimenta a proximidade com o público. Uma das iniciativas é a troca de receitas via site. São compartilhadas dicas de acompanhamento, entrada, prato principal e sobremesa, usando produtos do cardápio da Josapar, todos com arroz, feijão e soja. Há pratos com vários níveis de dificuldade, desde receitas mais simples, como caldinho de feijão preto, até um risoto de morango, que é o destaque entre as sobremesas. Parte das receitas é sugerida pelos próprios consumidores, e publicada no site.

    – Fazemos pesquisas constantes de satisfação, sugestões e críticas. A interação é muito importante – afirma Oliveira.
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