Poder público, empreendedores e comunidade se reuniram para discutir as propostas de projetos de edificação para o balneário Cassino. A Audiência Pública começou por volta das 19h da última quinta-feira (21), na Sociedade Amigos do Cassino (SAC). Mais de 150 pessoas compareceram à audiência, presidida pelo secretário de Município de Coordenação e Planejamento, João Carlos Cousin.
A Prefeitura teve a iniciativa de chamar a audiência para ouvir a opinião da comunidade a respeito da construção dos três edifícios no final da avenida Rio Grande. Conforme o secretário Cousin, “a audiência é muito importante porque os reflexos daqui irão diretamente para discussão no Conselho do Plano Diretor”. Os projetos dos residenciais Portal do Cassino, Costa Mar e Terrazas foram apresentados por seus desenvolvedores que, ao término das exposições, responderam aos questionamentos dos moradores. Os três projetos estão propostos para terrenos de propriedade particular, adequados ao Plano Diretor Municipal.
Durante as falas da comunidade, se destacaram as preocupações com o saneamento, o sombreamento, o uso de áreas verdes, o impacto no trânsito, o valor dos imóveis, o déficit habitacional, o impacto ambiental e a demanda de serviço pluvial e elétrico.
A maioria das manifestações expressou receio quanto aos investimentos, como se percebe na fala do morador do Cassino e diretor do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema), Cleber da Silva: “Quem faz a escolha do modelo de desenvolvimento de uma cidade é a sua sociedade, nós estamos aqui para escolher qual o modelo que nós queremos para o Cassino, se queremos nos manter como um balneário de qualidade de vida ou um padrão de dormitório que possa atender às demandas do polo naval”.
Outros falaram em progresso, desenvolvimento, modernidade e revitalização. As falas em prol dos investimentos questionaram a responsabilidade sobre os serviços que estão sendo cobrados dos empreendedores, mas que na realidade compete ao poder público e suas concessionárias. A bióloga e corretora de imóveis, Juliana Lopes, manifestou sua opinião: “A gente precisa de lugares para morar, não só moradias populares”.
De posse dos depoimentos e tendo uma percepção do posicionamento da comunidade, cabe agora ao Conselho Municipal do Plano Diretor manifestar seu entendimento sobre a pauta. A arquiteta e presidente do Conselho, Emanuelle Freitas, avaliou positivamente o evento: “Nós conseguimos o resultado esperado, que era a participação da comunidade e a sua posição quanto aos empreendimentos. Nós achávamos justo que a comunidade que será afetada pelos empreendimentos tivesse conhecimento e a possibilidade de ter uma posição sobre o assunto”.
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