O estabelecimento na rua General Osório é especializado em cervejas artesanais e importadas, com mais de 40 tipos (pilsen, pale, red ale, porter, weiss…) e 260 rótulos diferentes. “É a maior carta de cervejas da cidade. E talvez do Estado”, afirma um dos proprietários, Eduardo Ramson. A variedade é proporcional ao custo: de R$ 9,90 a R$ 386,00, de longnecks a garrafas de um litro. Apesar dos valores, vale ressaltar que não entram no local produtos tradicionais do selo AmBev. “Nada que tenha no supermercado”, adverte. Dessa forma, integram a seleção somente marcas que possibilitem experiências de novos sabores.
A ideia do empreendimento foi de Ramson, que, enquanto residia em Porto Alegre, gerenciava a Empório Folk, uma gourmet store no Shopping Praia de Belas. “Quando percebi, 80% da venda no quiosque era de cervejas artesanais”, comenta. A partir dessa constatação, começou a analisar o mercado cervejeiro da capital e, junto aos amigos Leonardo Araújo, Renan Carvalho e Leonardo Barros, idealizou a Bierlager, uma loja de cervejas especiais com espaço para degustação.
Logo na entrada, o ambiente funciona como um mostruário. São inúmeras garrafas dispostas em prateleiras, devidamente iluminadas e identificadas pela faixa de preço. O cliente pode conferir de perto o rótulo e as características referentes a gosto, aroma e ingredientes de cada cerveja, solicitando ainda a consulta de um dos especialistas da loja para mais detalhes e indicações. Após realizada a escolha, é possível experimentar a bebida no local ou levá-la consigo. Além das marcas de mais de 40 países, são oferecidos dois tipos de chope que variam conforme a semana.
Em um segundo espaço, a loja ganha ares de taberna com quatro mesas que possuem capacidade total de 29 lugares. Em qualquer horário é permitido degustar uma cerveja gelada, acompanhada de uma porção de amendoim por conta da casa. A partir das 18h, a Bierlager dispõe do “prato do dia”, geralmente um petisco ideal para complementar o happy hour. A pedida, que varia entre pizza xadrez, tábua de frios, salsicha bock com mostarda alemã e sanduíche aberto, é divulgada na fanpage www.facebook.com/Bierlager. Em breve, a casa inaugurará o bier garden, espaço no jardim com mesas ao ar livre.
“Não é para virar restaurante”, frisa Ramson, justificando a intenção de a cada noite oferecer apenas uma opção gastronômica. “O carro chefe da casa é a cerveja”, completa. Por isso, o empreendimento não possui um funcionário na cozinha. Os sócios convidam amigos cuja afinidade com o fogão é alta, a fim de revezarem- se na apresentação de comidas de boteco. O valor do “prato do dia” revela-se módico, em comparação às bebidas, e não objetiva lucratividade.
Mercado em ascenção
Mais que uma loja, a proposta da Bierlager é difundir a cultura cervejeira, incitando os pelotenses a valorizarem uma bebida de maior qualidade. “Fomos ‘domesticados’ a tomar qualquer tipo de cerveja, desde que esteja gelada”, diz o proprietário. As marcas comercializadas no local são indicadas para uma degustação lenta, que avalie com calma o seu sabor. Portanto, a frase “Beba menos, beba melhor” vem a calhar. O mercado da cerveja artesanal está em constante crescimento, conforme o aumento das confrarias, dos produtores caseiros e dos apreciadores que a têm como hobby. Pesquisas revelam que, atualmente, o nicho da cerveja artesanal no Brasil cresce mais que o da cerveja tradicional. Nesse sentido, a Bierlager também promoverá eventos em sua sede, como cursos e palestras sobre a produção de cerveja, além de jantares com harmonização.
Fonte: Max Cirne – Caderno Zoom – Jornal Diário Popular
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