Zero Hora: Audiência pública explicou nova tentativa de prospecção de petróleo no Estado

    Protagonista na construção de plataformas, o Rio Grande do Sul poderá adquirir nova importância na prospecção de petróleo e gás natural no Brasil. Estudos desenvolvidos pela Petrobras apontam para a possível presença das duas substâncias sob as águas gaúchas.

    A perfuração de mais um poço nos limites do Estado poderá iniciar até o final do ano. Para isso, a audiência pública realizada no último sábado no auditório do Cidec-Sul, da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), foi a última etapa a ser cumprida antes da obtenção do licenciamento ambiental.

    O poço está no Bloco BM-P-02 e foi apelidado de Guarani. Fica localizado praticamente em frente a São José do Norte, próximo à entrada do canal da Lagoa dos Patos no Oceano Atlântico, a cerca de 200 quilômetros da costa. Foi garantido pela Petrobras no leilão promovido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 2004. Estudos realizados a partir 2010 permitiram à petrolífera investir cerca de R$ 200 milhões em sua exploração.

    Ele será o décimo posto a ser perfurado na chamada Bacia de Pelotas, uma área de 210 mil km quadrados que vai de Florianópolis até o Uruguai. Nos outros nove, até hoje, não foi encontrado petróleo.

    — Temos uma expectativa diferente neste poço pelos estudos sísmicos que fizemos até agora — explica o gerente geral da Bacia de Pelotas, Jeferson Luiz Dias.

    Estudos sísmicos, grosso modo, seriam uma espécie de ultrassom da terra. As camadas são analisadas, mas a confirmação da presença ou não de petróleo só é possível com a perfuração, uma vez que inexistem formas de comprovação apenas por imagens. Os índices internacionais nas buscas ficam entre 20% e 30% de acerto. Assim, a cada 10 poços escavados, apenas dois ou três possuem petróleo. No Brasil, o ponto mais ao sul a ter petróleo prospectado é na Bacia de Santos, no sul do estado de São Paulo.

    No poço Guarani, o buraco será profundo: a Petrobras pretende explorar 7,2 mil metros abaixo da lâmina d’água. A distância é semelhante à da camada de pré-sal, que fica entre 7 mil e 8 mil metros sob a água.

    Para chegar a essa profundidade, uma sonda que atualmente realiza pesquisas na Bacia de Santos será deslocada para o Rio Grande do Sul. A expectativa da Petrobras é que, com o licenciamento concluído, a perfuração comece entre setembro e outubro

    Com informações do Jornal Zero Hora, reportagem assinada por Rafael Divério.

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