Os dispositivos para conexões elétricas substituem as emendas, aumentando a segurança das instalações, e impedem fugas de energia, evitando o desperdício. Atualmente, além do derivador, a Dersehn fabrica conectores para chuveiros certificados pelo Inmetro e obedientes à NBR/IEC 60.998, norma relativa à eficiência energética.
Por 18 anos, fui funcionário da Caixa Econômica Federal. Não entendia nada de elétrica. Um dia, observando o eletricista que trabalhava na reforma da minha casa, espantei-me com o método empregado na ramificação da energia a partir de um ponto central: um monte de emendas! Era impossível que não houvesse uma forma mais civilizada para a distribuição.
Depois de percorrer diversas lojas de material elétrico em busca de uma peça que não existia, decidi fazê-la. Realizei inúmeras consultas: a um engenheiro eletricista, ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a laboratórios de universidades. Criado o derivador, a ‘lapidação’ ficou por conta do setor de prototipagem do Senai, em Porto Alegre. A obtenção da patente foi a etapa seguinte do processo. Para o desenvolvimento das máquinas e matrizes que permitiriam a fabricação do meu invento, foram feitas parcerias com outras empresas, quase todas de forade Pelotas.
A adesão a um plano dedemissão voluntária da CEF permitiu o custeio disso tudo, e em março de 2003 eu estava vendendo o primeiro derivador do Brasil. Hoje, meu invento está em vários estados.
Em Pelotas, quando se fala em empreendedorismo, a maioria das pessoas pensa em abrir padarias, lojas, bares. Na verdade, é preciso criar produtos para mercados maiores. Ou melhor: criar mercado, oferecendo o produto antes que ele te peça.”
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