A principal causa na demora foi o atraso na construção do casco, no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, e as falhas apresentadas nos nós dos módulos, feitas por uma empresa do Rio de Janeiro, subcontratada da própria Petrobras.
Na última sexta-feira, depois de visitar o canteiro de obras da Quip, responsável pela finalização da gigante de 1,8 mil metros quadrados, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que saiu “aliviada” com o avanço nas duas últimas semanas, essenciais para acelerar a fase final da montagem da plataforma.
Ao dizer que estava “tranquila” com o avanço, essenciais para acelerar a fase final da conclusão da plataforma, corroborou com a estratégia adotada pela empresa, de incentivar funcionários e aumentar postos de trabalho para terminar as obras.
Graça adiantou que pretende voltar a Rio Grande em três semanas, para encaminhar o fim das atividades:
– Já temos dia e hora marcados, mas não podemos revelar, até porque há questões ambientais e portuárias. Mas fiquei satisfeita que as curvas de desempenho melhoraram bastante.
Para melhorar as chamadas curvas de desempenho, uma série de medidas foi tomada pela Quip. Com mais de 8 mil funcionários entre as três plataformas (além da P-55, a empresa constrói também a P-58 e a P-63), a empresa lançou um Programa de Incentivo à Produção (PIP).
Presidente da estatal diz que não vai tolerar atrasos
Foram criadas premiações para colaboradores e líderes. O objetivo é aumentar o “comprometimento com metas de produção com qualidade e segurança”. Entre os prêmios, estão o sorteio mensal de um carro zero-quilômetro, cinco bonificações de R$ 1 mil e adicionais ao vale-cesta. Funcionários que não tiverem faltas também recebem incentivos mensais.
Houve também um aumento nas contratações. Recentemente, cerca de 800 empregados foram admitidos. Com isso, a empresa espera atender à solicitação da presidente da Petrobras, de subdividir as equipes em grupos menores, para facilitar a fiscalização e ajudar a manutenção do crescimento. Foi grande a preocupação com eventuais sanções que a petrolífera pudesse fazer por causa da demora na finalização. Mesmo com a pressão, a P-55 não está na lista das obras mais atrasadas.
Com a estatal sob pressão, cumprir prazos passou a ser crucial para manter o ritmo da construção de plataformas no país. Na semana passada, Graça disse não ter intenção de abdicar de conteúdo nacional, mas avisou que não tolerará atrasos.
Para fugir da China
Em fevereiro, a Petrobras confirmou a utilização do estaleiro Cosco, na China, para construir parte do casco da plataforma P-67, um dos oito chamados “replicantes” que estão sendo construídos pela Ecovix, braço da Engevix para construções oceânicas, e a Petrobras.
Nem a Ecovix nem a Petrobras precisaram o tamanho do atraso na execução dos oito cascos replicantes no Estaleiro Rio Grande.
Com a escassez de mão de obra, empresas do polo naval apelam para anúncios e importação de funcionários. E não são apenas para as funções mais pesadas. Faltam também engenheiros e técnicos.
Fonte: Rafael Diverio – Jornal Zero Hora
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