Dique do Estaleiro Rio Grande é inundado pela primeira vez

    Maior desafio da indústria naval mundial, o mating (processo de acoplamento entre módulos e casco) da P-55 entra em sua fase decisiva. O dique do Estaleiro Rio Grande, no sul do Estado, está sendo inundado completamente pela primeira vez para que o casco da plataforma seja deslocado do canal de acesso ao porto para dentro da estrutura, na última preparação antes da integração das partes. O processo de manobra da embarcação está previsto para ocorrer nesta segunda-feira.

    Com duração calculada em 36 horas, a estrutura que tem 350 metros de comprimento, 130 metros de largura e profundidade de 13,8 metros abaixo do nível do mar deve estar completamente cheia de água até por volta da 1h30min.

    Após o processo de total preenchimento, se houver condições climáticas favoráveis ao processo, a porta batel do dique será aberta – permitindo a entrada do caso, que será guiado por rebocadores. A previsão é de isso aconteça a partir das 6h30min de segunda-feira.

    O processo de esvaziamento do dique seco, segundo a Quip – que é a responsável pelo mating – deve começar só na terça-feira. Para evitar contato com a água, o deckbox (convés da plataforma) já foi erguido a mais de 10 metros de altura e está preso no dique, para a retirada dos apoios de construção e montagem das estruturas de proteção.

    Na terça, ocorrerá o içamento da estrutura em mais 32 metros, chegando a cerca de 45 metros no total. Esta etapa poderá ser vista já de dentro da cidade. O passo seguinte será o encaixe dos módulos no casco, com o dique já esvaziado.

    Depois de pronta, a gigante de mais de 8,8 mil metros quadrados será a maior plataforma semi-submersível do Brasil. A P-55 será instalada no Campo de Roncador, na Bacia de Campos-RJ, com capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo por dia. A previsão da Petrobras é de a plataforma comece a operar no primeiro semestre do ano que vem.

    Fonte: Rafael Divério / Joice Barcelo – Jornal Zero Hora

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