ESPECIAL DE DOMINGO: AGRO – SISTEMA DE ALERTA TEM INÍCIO EM 2022 COM NOVOS LOCAIS DE MONITORAMENTO DA MOSCA-DAS-FRUTAS

    No dia 8 de setembro, a divulgação dos boletins informativos do Sistema de Alerta para a mosca-das-frutas teve início. O objetivo do projeto, liderado pela Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), é dar orientações para o produtor de pêssego sobre o manejo desse inseto-praga durante a safra na região de Pelotas/RS. Após onze anos, esta foi a primeira vez que os locais de monitoramento foram alteradosA mudança ocorreu em quatro das cinco propriedades monitoradas. Em Pelotas, a localidade de Rincão da Cruz foi substituída pela Colônia São Manoel, a Santa Áurea pelo Rincão da Caneleira e a Vila Nova pelo Rincão do Andrade. Já no município de Morro Redondo/RS, a Colônia Colorado foi substituída pela Colônia Santo Domingo. Em Canguçu/RS, a propriedade foi alterada, mas a região da Glória foi mantida.

    Ao todo, são cinco estações, com cinco armadilhas cada, totalizando 25 armadilhas. “A ideia é manter a amostragem representativa de toda essa região geográfica produtora de pêssego no entorno de Pelotas e arredores”, explica o técnico da Embrapa Ângelo Lopes, responsável pela substituição das armadilhas.

    Boletins informativos

    A coleta das moscas-das-frutas nas armadilhas de monitoramento tem sido realizada pela equipe do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pelotas (STR) e pauta os boletins informativos semanais emitidos durante o período da safra, de setembro a dezembro. As coletas são realizadas nas quartas-feiras e a reunião dos técnicos ocorre nas quintas. Do encontro, saem as orientações de manejo para a semana.

    Neste ano, a previsão é que sejam distribuídos por e-mail, WhatsApp e Facebook 16 boletins. O envio ocorre às quintas-feiras para quem se cadastrou para recebimento via formulário, que ainda segue recebendo inscrições de interessados. Mas esses boletins também podem ser acessados na página do Sistema de Alerta, no Portal da Embrapa, e acompanhados por meio de rádios e veículos locais, como o Jornal Tradição, onde são publicados semanalmente.

    Situação da Mosca

    Na avaliação realizada pelos técnicos na primeira semana de monitoramento e emissão dos boletins, nenhum inseto foi encontrado nas armadilhas. A tendência é que o início da safra reflita a infestação do outono em frutíferas como o citros, que foi menos afetado na última safra. Apesar de ser cedo para projeções, os técnicos esperam que a população de moscas fique dentro do normal no início da safra. “A indicação para o produtor é que, nesse período, se preocupe em instalar as armadilhas para o monitoramento”, reforça o pesquisador Dori Edson Nava.

    Sobre o Sistema de Alerta

    O Projeto teve início na safra 2010/2011 na região de Pelotas. A iniciativa conta com o apoio da Emater/RS-Ascar, Sindicato das Indústrias de Doces e Conservas Alimentícias de Pelotas (Sindocopel), Associação dos Produtores de Pêssego da Região de Pelotas, Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Prefeituras Municipais de Pelotas, Morro Redondo e Canguçu.

    A cultura do pessegueiro é uma das principais cadeias produtivas na região Sul do Rio Grande do Sul, mais especificamente nos municípios de Pelotas, Canguçu, Morro Redondo, Piratini e Cerrito. Na região, o pêssego é cultivado em 2 mil propriedades, de até 10 hectares, envolvendo por volta de 6 mil pessoas. Em termos de processamento, são 10 indústrias que produzem cerca de 95% do pêssego em calda do Brasil – em torno de 50 milhões de latas.

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