O segundo dia da missão governamental internacional do governo do Estado à Espanha e à França começou com uma reunião no Grupo Cobra, empresa espanhola que trabalha no desenvolvimento, construção e operação de instalações industriais. Na terça-feira (5/10), o governador Eduardo Leite, acompanhado da comitiva de secretários, esteve na sede do grupo, onde foi recepcionado pelo presidente Jose Maria Castillo, pelo CEO da Área de Energia, José Antonio Fernandez, pelo CEO Brasil, Jaime Llopis e pelo diretor de operações da Cobra Brasil, José Carlos Herranz.
O principal tema do encontro foi o projeto da termelétrica a gás natural, que seria instalada no porto do Rio Grande, em Rio Grande, na zona sul. O investimento previsto é de R$ 6 bilhões.
“É um projeto antigo, que começou a ser discutido em 2009. Estamos trabalhando para viabilizar. É um projeto transformar para todo o Estado, especialmente a região Sul, porque a termelétrica, além do impacto positivo direto, gera toda uma externalidade positiva do que vai viabilizar de gasoduto e de oportunidades na indústria”, disse Leite.
Concluída a análise dos últimos documentos enviados pelo Grupo Cobra, o governo do Estado fará o chamamento para audiência pública, com antecedência de 45 dias.
“Há um diálogo intenso sendo feito pelo governo via Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) nesse sentido, respeitando todos os procedimentos, com agilidade necessária”, explicou.
De acordo com o Grupo Cobra, com as licenças emitidas, o processo de construção deverá começar ainda em dezembro deste ano. O investimento de R$ 6 bilhões contempla o projeto que prevê, além da termelétrica, a construção de uma estação de recebimento, armazenagem e regaseificação de gás natural liquefeito (GNL). A obra viabilizará o suprimento de GNL no Estado, tendo como consumidor principal a usina termelétrica Rio Grande, mas também atraindo investimentos de novas indústrias ao RS.
O projeto criará cerca de 2,1 mil postos de trabalho e deve operar com até 14 milhões de metros cúbicos por dia, o que atenderia a demanda do RS até 2030.
O grupo já atua no Estado, com linhas de transmissão administradas pelo consórcio Chimarrão e Pampa que estão em fase de conclusão. Esses investimentos somam R$ 3 bilhões, com 4 mil empregos gerados.