Prestes a completar 19 anos em funcionamento, o Ciemsul adotou uma nova modalidade de incubação após a chegada ao Pelotas Parque Tecnológico.
Coworking e capacitação são as palavras chave da modalidade adotada no ano de 2018. Desde a instalação do Centro de Incubação de Empresas da Região Sul – Ciemsul, no Pelotas Parque Tecnológico, a incubadora passou a priorizar a convivência e a troca de experiências entre os incubados, que dividem o espaço de 25 estações de trabalho, localizadas nas salas 20 e 21 do parque. Leandro Felix, Coordenador do centro, foi o responsável pela missão de transição da estrutura funcional e física ocorrida no ano passado.
Geógrafo e especialista em Desenvolvimento Territorial, Leandro afirma que o trabalho de forma colaborativa foi escolhido pensando no futuro das incubadas: “Percebíamos que algumas empresas cresciam muito, e outras tinham mais dificuldade. Essa nova metodologia facilita que elas cresçam de forma nivelada, uma vez que as dores delas são muito semelhantes, independente do ramo que trabalha”. Mensalmente os incubados recebem capacitações voltadas para temas que são problemas comuns entre as empresas nascentes, como contabilidade, gestão de pessoas, marketing digital e assistência judicial.
Para 2019, Felix conta que a pretensão é desenvolver parcerias com as empresas do Pelotas Parque, buscando a realização de mentorias em diferentes temas. Desta forma, o Ciemsul objetiva que, ao completarem os dois anos de incubação, os empreendedores encerrem o processo capacitados nas bases teóricas, tendo maiores chances de fazer a empresa dar certo. “Está dando certo. O pessoal tem gostado e sugerido outros temas, além daquele conjunto que elencamos como necessidade”, conta.
Segundo o coordenador da incubadora, a experiência de estar dentro de parque tecnológico é descrita pelos incubados como fantástica, uma vez que existe a possibilidade de estabelecer contato com outras empresas e pessoas que também trabalham inovação, tecnologia e empreendedorismo. “Estar dentro desse ecossistema de inovação, que é um grande hub da Região Sul, agrega para toda e qualquer empresa”, afirma Leandro, que também elogia a estrutura e o amparo recebido pela equipe administrativa do ecossistema.
“O mais importante são as pessoas. Todo mundo que está aqui tem o mesmo mindset de inovação, pensar de forma colaborativa, e de não se enxergar como concorrentes. Todos são muito parceiros, o que é o ponto chave para o sucesso do parque e para nossa satisfação de estar aqui dentro”, encerra Leandro.
Para a Diretora Executiva do Pelotas Parque Tecnológico, Rosani Ribeiro, a presença do Ciemsul neste ambiente de inovação gera uma ação de destaque: “O Ciemsul abriga vários pré-incubados e incubados que vão fortalecer o ambiente empresarial do parque. Além disso, a incubadora conta com o Escritório de Desenvolvimento Regional – EDR, que fortalece a conexão do empreendedorismo com o desenvolvimento regional, e reforça a inovação em conexão com o Pelotas Parque Tecnológico”.
Um novo modelo, com o alicerce original
Com a remodelação do processo de incubação, o centro passou a ter dois editais por ano, e não mais um único de fluxo contínuo. Qualquer empreendedor, com uma ideia inovadora, pode se inscrever nos editais e defender sua proposta para a banca. Este novo modelo gerou resultados: ao chegar no Pelotas Parque eram apenas três startups, hoje, somam um total de 15 empresas. Além delas, o Ciemsul conta com duas empresas no processo de pós incubação, também instaladas no parque: Fácil Consulta e Melhor Envio.
Fazem parte do atual processo de incubação as empresas: Eficiobra, MarkSports, Nephi, Mocco, MP, Opta 3D, FacilitaPró, Feelling, FOG, Boxmaker, AhEntrega, Vem pra minha festa, O.R.E, Be Different, LifeCare e Placy.
Fundado no ano de 2000, o Ciemsul foi a primeira incubadora de empresas do interior do estado, e tinha sua sede no Campus I da Universidade Católica de Pelotas – UCPel. Neste espaço, auxiliou mais de 60 empresas a concluírem o processo de incubação. Com salas destinadas a cada startup, o espaço do centro tornou-se restrito para atender a demanda, e a vinda para o Pelotas Parque veio a calhar com a nova visão da incubadora. “Esse foi o grande salto ao vir para o parque, pensar no novo espaço, tendo a metodologia de coworking”, aponta Leandro.
