Gerdau segue sendo o maior grupo da região, com folga
Sicredi se consolida como a quinta maior companhia do Sul – é a líder, em receita líquida, do setor financeiro.
Depois de alterar a marca e virar uma fintech, o Agibank saltou 18 posições e ocupa o 47º lugar
Companhias gaúchas presentes no ranking superam as companhias de Santa Catarina e do Paraná na soma das receitas e, também, dos patrimônios
Sinais de recuperação da indústria em 2018 oferecem um cenário promissor para o Rio Grande do Sul, estado com maior soma de receitas e patrimônios do Sul
Quem examinar as posições mais privilegiadas do ranking gaúcho sentirá falta de um maior protagonismo da indústria. Gerdau, a maior do estado e da região Sul, e Yara, estão entre as poucas companhias industriais que ocupam os lugares mais seletos da lista. É o reflexo de um ano difícil – em 2017, o PIB rio-grandense cresceu apenas 1%, e se não se saiu pior foi graças à agropecuária. A indústria avançou imperceptíveis 0,2%.
A dependência do agronegócio não impediu, no entanto, que as companhias gaúchas presentes no ranking superassem as companhias de Santa Catarina e do Paraná em dois quesitos importantes – soma das receitas e, também, dos patrimônios. Contribuiu para esta superioridade a participação de segmentos ligados a serviços – e vale destacar, em particular, aqueles ligados especialmente ao ramo financeiro. Duas das cinco maiores empresas gaúchas são instituições financeiras: Sicredi, a vice-líder, só atrás da Gerdau, e o Banrisul, terceiro colocado. No âmbito geral das 500 MAIORES, o Sicredi se consolidou como a quinta maior companhia do Sul – e a líder, em receita líquida, do setor financeiro, considerados os três estados. O Banrisul, que em 2016 havia ficado em oitavo lugar entre as 500 do Sul, avançou uma posição e fechou 2017 como o sétimo colocado.
Se o cooperativismo de crédito impulsiona o Sicredi, há outros competidores do mercado financeiro aproveitando a boa onda do meio digital. Depois de alterar a marca e virar uma fintech, o Agibank saltou 18 posições e ocupa o 47º lugar. A Getnet, especializada em meios de pagamento, está em 17º lugar, com uma receita líquida de R$ 2 bilhões. Já o Badesul encolheu: a instituição de fomento caiu onze colocações após ter diminuído sua receita em 25%, passando para o 59º lugar.
Se a indústria é a engrenagem que faltou em 2017, deve-se fazer menção honrosa à performance de grupos como Grendene, Beira-Rio e Renner Herrmann, entre outros. E os excelentes resultados colhidos até o terceiro trimestre de 2018 por titãs como Gerdau, Marcopolo e Randon apontam boas perspectivas para o desempenho das gaúchas na próxima edição de 500 MAIORES DO SUL.
Nesta edição de 500 MAIORES DO SUL, o Rio Grande do Sul detém o maior número de empresas. São 196 gaúchas (dez a mais do que na edição passada), ante 183 do Paraná, estado que aparece com duas representantes a menos em relação à listagem anterior. Quem mais perdeu representatividade foi Santa Catarina, que classificou 121 companhias entre as 500, oito a menos que o último ranking. As gaúchas também exibem a maior soma de receitas e, também, de patrimônios. Consequentemente, são líderes também em Valor Ponderado de Grandeza. O VPG, principal critério de classificação desde 1991, quando foi desenvolvido por PwC e AMANHÃ exclusivamente para o ranking.
“Para a PwC Brasil, é uma satisfação fazer parte da história deste estudo. O ranking se consolidou ao longo de seus 28 anos e hoje serve como um referencial para o meio corporativo brasileiro. Um dos principais aspectos das 500 Maiores é o de fazer um panorama dos setores econômicos que estão em evidência, caso do cooperativismo financeiro, um setores que vêm se destacando nos últimos anos. Mas o que fica mais evidente com este novo estudo é o cenário de recuperação que o mercado está demonstrando após o período de crise, uma vez que a grande maioria dos setores apresentou crescimento no exercício de 2017″, aponta Rafael Biedermann Mariante, sócio da PwC Brasil.
Indicadores | PR | SC | RS |
Soma dos VPGs* (em R$ bi) | 129,2 | 102,4 | 139,5 |
Receita líquida (em R$ bi) | 181,1 | 155,9 | 200,6 |
Patrimônio (em R$ bi) | 110,5 | 78,9 | 116,4 |
Lucro líquido (em R$ bi) | 16,2 | 7,9 | 12,7 |
Prejuízo (em R$ bi) | (0,9) | (1,6) | (1,9) |
Número de empresas | 183 | 121 | 196 |
(*) VPG: Valor Ponderado de Grandeza. Resulta da soma de patrimônio (com peso de 50%), receita líquida (40%) e resultado líquido do exercício (10%).
Os 10 maiores VPGs* do Rio Grande do Sul
Posição 2017 | Grupo/Empresa | VPG |
1 | Grupo Gerdau | 26.680,15 |
2 | Sicredi – Consolidado | 11.145,72 |
3 | Banrisul – Banco do Estado do RS | 7.614,21 |
4 | Yara Brasil Fertilizantes S/A | 5.562,28 |
5 | Lojas Renner S/A | 4.662,71 |
6 | Companhia Zaffari Comércio e Indústria | 3.040,07 |
7 | Camil Alimentos | 2.800,79 |
8 | Grendene S/A | 2.575,68 |
9 | Grupo SLC | 2.529,64 |
10 | CEEE – Cia. Estadual de Energia Elétrica | 2.228,27 |
(*) VPG: Valor Ponderado de Grandeza. Resulta da soma de patrimônio (com peso de 50%), receita líquida (40%) e resultado líquido do exercício (10%).
As 10 maiores receitas líquidas do Rio Grande do Sul
Pos. | Grupo/Empresa | (R$ MILHÕES) | Variação | |
2017 | 2016 | % | ||
1 | Grupo Gerdau | 36.917,62 | 37.651,67 | (1,95) |
2 | Sicredi – Consolidado | 10.840,26 | 10.703,01 | 1,28 |
3 | Yara Brasil Fertilizantes S/A | 10.076,10 | 10.627,46 | (5,19) |
4 | Banrisul – Banco do Estado do RS | 9.978,49 | 10.668,42 | (6,47) |
5 | Lojas Renner S/A | 7.444,31 | 6.451,58 | 15,39 |
6 | Companhia Zaffari Comércio e Indústria | 4.906,69 | 4.716,83 | 4,03 |
7 | Camil Alimentos | 4.662,94 | 4.947,73 | (5,76) |
8 | CEEE – Cia. Estadual de Energia Elétrica | 4.017,56 | 4.647,71 | (13,56) |
9 | Rodoil Distribuidora de Combustíveis S/A | 3.945,40 | 2.435,77 | 61,98 |
10 | RGE Sul Distribuidora de Energia S/A | 3.370,25 | 2.853,17 | 18,12 |
Os 10 maiores patrimônios líquidos do Rio Grande do Sul
Pos. | Grupo/Empresa | (R$ MILHÕES) | Variação | |
2017 | 2016 | % | ||
1 | Grupo Gerdau | 23.893,94 | 24.274,65 | (1,57) |
2 | Sicredi – Consolidado | 13.084,16 | 11.116,36 | 17,70 |
3 | Banrisul – Banco do Estado do RS | 7.035,03 | 6.443,43 | 9,18 |
4 | Lojas Renner S/A | 3.223,45 | 2.636,80 | 22,25 |
5 | Grendene S/A | 3.217,61 | 2.922,07 | 10,11 |
6 | Yara Brasil Fertilizantes S/A | 3.154,81 | 1.961,99 | 60,80 |
7 | Grupo SLC | 2.953,97 | 2.858,28 | 3,35 |
8 | BRDE – Banco Reg. Des. Extr. Sul | 2.510,75 | 2.441,00 | 2,86 |
9 | Companhia Zaffari Comércio e Indústria | 2.058,92 | 1.689,35 | 21,88 |
10 | Corsan | 2.014,00 | 1.908,91 | 5,51 |
Os 10 maiores lucros líquidos do Rio Grande do Sul
Posição | Grupo/Empresa | Lucro Líq. (R$ Milhões) |
1 | Sicredi – Consolidado | |
2 | Banrisul – Banco do Estado do RS | |
3 | Lojas Renner S/A | |
4 | Grendene S/A | |
5 | Companhia Zaffari Comércio e Indústria | |
6 | Getnet Adquirência e Serv. para Meios de Pagamento S/A | |
7 | Corsan | |
8 | Calçados Beira Rio S/A | |
9 | Camil Alimentos | |
10 | Grupo SLC | |
Método – Para revelar quem é quem entre as empresas do Sul, a Revista AMANHÃ e a PwC construíram um indicador exclusivo: o Valor Ponderado de Grandeza (VPG). O índice reflete, de forma equilibrada, o tamanho e o desempenho das empresas, a partir de uma ponderação que considera os três grandes números do balanço: patrimônio líquido (que tem peso de 50% no cálculo do VPG), receita líquida (40%) e lucro líquido ou prejuízo (10%).
PREMIAÇÃO
A cerimônia de premiação das empresas vencedoras será realizada no dia 20 de novembro na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre, a partir das 19h.
O evento contará com a participação dos governadores da região Sul que foram eleitos neste ano: Ratinho Júnior, do Paraná; Comandante Moisés, de Santa Catarina; e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul.
Informações para adesão: paola@amanha.com.br ou 51 3230-3508.