Participação do público foi intensa também nas atividades culturais
A 46ª Feira do Livro, que encerrou no último domingo (18), comercializou em torno de 60 mil livros em dezoito dias de evento. A edição desse ano, que tinha como patrono o advogado Vilson Farias e como orador o professor Fábio Gonçalves, homenageou o extinto jornal A Alvorada, periódico voltado às pautas da comunidade negra pelotense na primeira metade do século XX.
Dentro das mais de 150 atividades culturais desenvolvidas ao longo da Feira, muitas tratando da cultura negra, a população interagiu, marcando presença nas apresentações da Tenda Cultural João Simões Lopes Neto, na Tenda dos Autógrafos e nas atividades da Bibliotheca Pública Pelotense (BPP). O último final de semana superou em público visitante, em comparação à edição passada.
“O sarau negro, as contações de histórias, as rodas de conversa, as oficinas de turbante e outras atividades desenvolvidas cumpriram bem o papel de homenagear a cultura negra”, explica a assessora de comunicação da Feira do Livro, Daniela Campos.
O livro “Língua de Pelotas e outras barbaridades”, de organização de Ayrton Centeno, foi um dos mais vendidos na Feira do Livro 2018. A coletânea “Negras Palavras Gaúchas volume 2”, projeto do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, reunindo diversos escritores negros gaúchos, teve seu lançamento com sessão de autógrafos na quinta (15), com a presença do orador Fábio Gonçalves e da mestre Griô pelotense, Dona Sirley Amaro, e distribuição gratuita da obra, em consonância com a proposta de temática da Feira.
A Feira do Livro 2018 foi uma realização da Câmara Pelotense do Livro, com organização da Maxi Eventos, apoio da Prefeitura, Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Bibliotheca Pública Pelotense (BPP) e patrocínio da Empório Gelei e Pane Mio Gourmet Confeitaria.