A Japan Tobacco International (JTI) inaugurou, ontem, sua primeira fábrica de cigarros na América do Sul. Com investimento de R$ 85 milhões, o negócio é um dos principais da multinacional japonesa para este ano. A fábrica está localizada em Santa Cruz do Sul, cidade onde a JTI está desde 2009, quando iniciou sua operação com tabaco em folha no Brasil. A planta, com 10 mil metros quadrados, tem capacidade para operar com quatro linhas de produção e em até três turnos. Serão produzidas, no Rio Grande do Sul, as marcas Camel e Winston.
Além de abastecer o mercado brasileiro, a produção será distribuída para Argentina, Bolívia, Chile e Equador, e, gradualmente, para toda a América Latina. De acordo com Flavio Goulart, diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI Brasil, a decisão de investir no Brasil se deve, principalmente, ao alto grau de conhecimento técnico e operacional. “O excelente padrão da folha de tabaco brasileiro, que a JTI usa nas suas principais marcas globais também foi levado em consideração”, complementou. Durante a cerimônia, Goulart apresentou a trajetória de ações e investimentos da empresa no País. Já Timur Mutaev, diretor-geral de Operações da Fábrica – vindo da Rússia para atuar no projeto – ressaltou que o plano executado está pronto para ser ampliado a qualquer momento. “Hoje, estamos aqui não apenas para comemorar, investir e dar esse implemento ao mercado brasileiro, mas também às exportações para a América Latina. Estamos muito focados em seguir com os passos bem-sucedidos que demos até agora”, ressaltou.
O projeto foi desenvolvido por um grupo de arquitetos da Alemanha, consagrado pela empresa e que já havia atuado em outros projetos da JTI pelo mundo. Durante o processo de instalação do empreendimento, normas legais do Brasil, importação de equipamentos, contratação e treinamento da equipe da fábrica foram cuidadosamente planejados. As máquinas que integram o complexo de Santa Cruz do Sul vieram de outras afiliadas da JTI de países como Suíça, Malásia e Alemanha. Com equipamentos fabricados na Alemanha, excelência em máquinas de cigarro, e na Itália, excelência em máquinas de embalar, hoje, a fábrica opera com capacidade para fazer até 8 mil cigarros por minuto, o equivalente a 400 carteiras. Com presença local desde 2009, a JTI emprega no Brasil, aproximadamente, 2 mil colaboradores em centros de processamento de tabaco, de pesquisa e de distribuição. Para compor o time da fábrica, foram feitas mais de 4 mil entrevistas.
Entre os 80 contratados, cerca de 50 – entre operadores e engenheiros mecânicos e eletrônicos – tiveram a oportunidade de viajar para participar de treinamentos em fábricas na Rússia, Romênia, Ucrânia, Polônia e Suíça. Segundo o vice-presidente de Leaf Suply para o Brasil, Paulo Saath, o investimento acontece pela alta qualidade e experiência dos profissionais no setor do tabaco. “Investimos no Brasil mais de R$ 500 milhões em tecnologia de ponta, bem como sistemas e equipamentos voltados à saúde e à segurança dos colaboradores. Temos uma operação que recebe colegas de várias partes do mundo para trabalhar ou treinar aqui. A JTI Brasil é uma fonte de exportação de talentos para todo o mundo”, ressalta.