CAMINHOS DA ZONA SUL
www.caminhosdazonasul.com____________________Paulo Gastal Neto
Do lado de fora – Se por um lado as obras de duplicação da BR-116 e ‘contorno de Pelotas’ estejam a ‘passos de tartaruga’, de outro as questões ambientais dos empreendimentos são mantidas para que eles, pelo menos, não sofram com soluções de continuidade. A gestão ambiental é fazer com que o empreendimento rodoviário mantenha os sujeitos envolvidos neste contexto em permanente diálogo, visando o bom desenvolvimento das obras, quando estão acontecendo do lado de dentro do canteiro. Essa também é uma responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), pois é a partir dela que acontecem as mitigações dos impactos ambientais.
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Reunião – Nesse sentido a gestão ambiental da BR-116/392 reuniu-se com os trabalhadores do Consórcio Contorno, que atuam no trecho chamado de lote 1-B, entre a ponte sobre a barragem Santa Bárbara e a ponte sobre o Canal São Gonçalo. O objetivo do encontro foi dar um retorno para os colaboradores sobre as últimas ações desta gestora ambiental que os integraram, como o “Descarte legal: diálogo sobre a gestão do lixo” que ocorreu em junho e a realocação de famílias em condição de vulnerabilidade lindeiras à BR-116 e à BR-392 incluídas no programa de compra assistida. As atividades com trabalhadores da obra fazem parte do cronograma de trabalho do Programa de Educação Ambiental da BR-116/392 por uma determinação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (IBAMA).
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Farda – O Exército deverá assumir os lotes 1 e 2, da BR-116, entre Guaíba e Tapes, desde que o Governo Federal garanta recursos. O anúncio foi feito na segunda-feira (03), em uma reunião convocada pelo Comandante Militar do Sul, general de Exército Geraldo Antonio Miotto, em Porto Alegre. Miotto informou que um estudo técnico foi realizado no trecho correspondente aos referidos lotes e que o valor estimado para a conclusão das obras, dentro de um prazo de 36 a 42 meses, será de R$ 210 milhões. São 50,8 quilômetros e o contrato somente será assinado se o DNIT e a bancada federal gaúcha conseguirem os recursos com a União. Para iniciar os trabalhos são 50 milhões até o fim do ano e mais 60 milhões até o final de Abril de 2019.
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Razão – O presidente do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), desembargador Kássio Marques, derrubou a liminar do início de agosto que havia suspendido o registro de agrotóxicos à base de glifosato, abamectina e tiram. Kássio alegou que não há justificativas à suspensão dos registros dos produtos sem uma análise dos impactos que tal medida trará à economia do país. Está coberto de razão, pois estamos as vésperas do início do período de plantação da soja – principalmente – e excelentes contatos estão sendo fechados com a China para aumento das exportações dessa ‘commodity’ àquele país. Ainda, segundo o desembargador, os produtos questionados já foram aprovados antes de obterem o registro e serem comercializados por todos os órgãos públicos competentes para tanto, com base em estudos que comprovaram não oferecerem eles riscos para a saúde humana e para o meio ambiente. A utilização desses produtos é altamente controlada e regulamentada por técnicos e profissionais que merecem o respeito do judiciário e da sociedade. O desembargador apontou, também, que a reavaliação dos ingredientes ativos desses produtos é uma “situação relativamente comum em tal segmento, uma vez que, conforme a ciência avança, é necessária a realização de novos testes e estudos para ampliar o conhecimento humano sobre a matéria”. Sem delongas: Abaixo, mais uma vez, a ideologização das lavouras e força ao trabalho do homem do campo que é o que está salvando a economia do Brasil.
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Saúde – O Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE UFPel) recebeu um novo aparelho para a Unidade de Radioterapia, o Acelerador Linear. Com o equipamento em funcionamento, o serviço pretende reduzir a fila de espera dos tratamentos de pacientes oncológicos de toda região sul do estado. Em julho de 2018 foi concluída a obra do bunker – sala em que fica o acelerador e que assegura a proteção da radiação emitida pelo equipamento. Ele está localizado no Serviço de Oncologia, na Faculdade de Medicina da UFPel e conta com sistema de blindagem em concreto. O antigo aparelho de Telecobalto da UFPel deixou de operar em dezembro de 2016. Atualmente os pacientes que necessitam de tratamento são atendidos nos serviços já sobrecarregados da Santa Casa de Rio Grande e do Centro de Radioterapia e Oncologia (CERON) da Santa Casa de Pelotas e, em último caso, encaminhados para Porto Alegre. A aquisição do novo equipamento faz parte da solução do Plano de Expansão da Radioterapia no país. O programa do Ministério da Saúde tem como principal objetivo suprir vazios assistenciais, demandas regionais, além de investir em novas tecnologias para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma o Serviço de Oncologia do Hospital Escola passará a contribuir para a redução do tempo de início de tratamento do câncer, normalizando o atendimento de radioterapia em Pelotas e região.
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Até a próxima!