A Universidade Católica de Pelotas foi atração principal na agenda de sexta-feira, 20 em Camaquã. A instituição apresentou números impactantes e que mostram o quanto o país perde com o atraso das obras. A explanação foi feita pelo coordenador do Escritório de Desenvolvimento Regional da UCPEL, Ezequiel Megiato. As obras de duplicação da BR-116 já duram quase seis anos, e nenhum trecho deve ser entregue em 2018. Os problemas se acumulam ao longo da rodovia. A pesquisa realizada pela Universidade Católica de Pelotas, aponta que se estivesse pronta, a economia teria incremento de R$ 2 milhões por dia.
No Sul do estado, apenas o viaduto que dá acesso ao município de Turuçu foi concluído e teve o tráfego liberado. No entanto, o avanço ainda é pequeno se levado em consideração que a via é a principal ligação com Porto Alegre.
O painel denominado “Duplicação Urgente” aconteceu nesta sexta-feira (20) em Camaquã, para debater o tema no Teatro do Sesc. Foram apresentados dados econômicos, cronograma da obra e números sobre acidentes.
Todos os dias, 40 mil veículos passam pela BR-116 entre as cidades de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e Pelotas, no Sul do estado, conforme dados da Polícia Rodoviária Federal.
“Seja o custo com o atraso, custo do estrangulamento de produção, com combustível, e custo de oportunidade, que poderia estar circulando por ali em torno de R$ 2 milhões por dia”, afirma o economista Ezequiel Megiato.
Cinco dos nove lotes de obras estão parados. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), a empresa responsável pelos lotes um e dois , entre Guaíba e Barra do Ribeiro entrou em processo de recuperação judicial, e não conseguiu o seguro garantia para retomar o contrato e dar andamento à obra.
Os lotes três, até Tapes, oito e nove, entre Pelotas e São Lourenço do Sul, estão sem obras porque a cobertura asfáltica sofreu reajuste por parte da Petrobras.
O presidente da Associação de Municípios da Zona Sul, Rudinei Garter, afirma que a demora na conclusão das obras tem gerado desperdício de recursos públicos. “A (BR) 116 foi iniciada há muito tempo, e esses trechos que já foram feitos estão, muitas vezes, desperdiçando o material que foi aplicado”.