Dois anos depois de a presidente Dilma Rousseff assinar o contrato de oficialização da construção da segunda ponte do Guaíba, 30% dos trabalhos já foram executados. Naquela época, abril de 2014, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) estimava o fim dos trabalhos para maio de 2017. Devido a debates acerca da necessidade de desapropriar terrenos, a previsão passou para setembro do mesmo ano. Apesar da ocorrência de greve de uma semana dos operários envolvidos na obra em fevereiro, o cronograma está mantido.
No ano passado, uma das etapas da obra, a colocação de estacas de sustentação da ponte, precisou ser suspensa nas proximidades da rua Voluntários da Pátria, em Porto Alegre, após moradores das vilas Tio Zeca e Areia sentirem o impacto da intervenção em suas casas. No total, são 464 famílias habitando a região. O bate-estaca ficará suspenso até que ocorra o reassentamento das famílias atingidas.
Segundo o Dnit, o projeto de infraestrutura das áreas destinadas à construção das moradias aos mais de mil reassentados, envolvendo arruamento, rede de água, esgoto e iluminação pública, foi aprovado somente neste ano pela prefeitura de Porto Alegre e pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Atualmente, o departamento nacional, juntamente à empresa responsável pela obra (Consórcio Ponte do Guaíba), estão trabalhando no detalhamento do projeto.
Na Ilha Grande dos Marinheiros, até o momento, o impacto não foi sentido, e a cravação de estacas não precisou ser interrompida. Lá, moram 534 famílias. A empresa mantém um serviço de ouvidoria, através do telefone 0800.648.1143, para se comunicar com a comunidade habitante dos entornos, esclarecendo dúvidas e recebendo informações sobre eventuais problemas relativos à obra.
O valor da construção está orçado em R$ 649,6 milhões. A ponte terá extensão de 2,9 quilômetros, com um total de 7,3 quilômetros de obras, entre elevadas e viadutos. Com 28 metros de largura nos vãos principais, a pista contará com duas faixas de rolamento com acostamento e refúgio central.