PREJUÍZOS COM CHUVAS NA REGIÃO SENSIBILIZAM GOVERNO ESTADUAL

    Presidente da AZONASUL, Rui Valdir Brizolara, mostra a soja ao secretário Ernani Polo.

    Presidente da AZONASUL, Rui Valdir Brizolara, mostra a soja ao secretário Ernani Polo.

    As interlocuções com instituições financeiras, ministérios e demais órgãos competentes que possam trazer um certo alívio aos produtores e gestores municipais que foram atingidos pelas chuvas  serão realizadas  pelo Governo do Estado. O anúncio foi feito pelos secretários estaduais de Agricultura, Ernani Polo; Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto e de Desenvolvimento Econômico, Fábio Branco, durante a reunião realizada em Pelotas, na última quinta-feira (21), sob a coordenação da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul).

    Ao entregar a Polo uma pequena amostra do estado da soja danificada que se encontra na maioria das lavouras da região, o presidente da Azonasul, Rui Brizolara (DEM), prefeito de Morro Redondo, voltou a destacar a soma de prejuízos econômicos  já causados até o momento – cerca de R$ 400milhões, segundo levantamento preliminar apresentado pela Emater, e ainda o agravamento da situação de trafegabilidade nas estradas municipais. “ A pista molhada impede qualquer tentativa de manutenção. Temos muito barro e uma infinidade de pontilhões que desabaram, em diversas localidades rurais, devido a força das águas. Isto impede o transporte escolar requerendo um volume de recursos que não temos para as primeiras recuperações”, alertou.

    O gerente regional da Emater, Ronaldo Maciel mostrou um balanço parcial apontando que o volume de soja perdido em função da chuva chega a cerca de 400 mil toneladas na zona sul do Estado. A quantia representa 2,5% do total estimado para a colheita gaúcha do grão — 16,07 milhões de toneladas. Além da situação dos financiamentos da produção junto aos bancos, também preocupa produtores e gestores as questões ligadas às vendas futuras do produto, uma vez que há notícias de devolução de containers em função da soja apodrecida e eminência de não entrega do volume comercializado, pois, na maioria das lavouras apenas 20% dos grãos foram colhidos e o restante poderá apresentar perda total.

    AGENDA – A Azonasul já prepara documento para apresentar nas audiências que ocorrerão na próxima semana em Porto Alegre, quando os gestores deverão manter encontro com o governador José Ivo Sartori (PMDB). Também está previsto o encaminhamento de projeto de recuperação das vias junto ao Ministério da Integração Nacional.  O secretario Ernani Polo ainda anunciou que irá  solicitar ao Ministério das Agricultura  a ampliação do período de vacinação contra a febre aftosa _ o início é em 1º de maio, atendendo o pedido do perfeito de Santa Vitória do Palmar, Eduardo Morroni (PT).

    BALANÇO – Dos 23 municípios que integram a Azonasul, quatro já decretaram  situação de emergência:  Santa Vitória do Palmar, Herval, Arroio Grande e Chuí. Porém, outros 14 já manifestaram preocupação e tendem a ingressar com os pedidos. Na segunda-feira, Pedras Altas, Pinheiro Machado, Aceguá, Canguçu, Cerrito, Pedro Osório e Turuçu devem ingressar com documentações junto à Defesa Civil do Estado. Em Arroio Grande, o prefeito Luis Henrique Pereira (PP), classificou os efeitos como “devastadores”. Segundo ele, o município tem sua economia voltada exclusivamente à agricultura, através dos cultivos de soja e arroz, as produções mais atingidas. “São 41 mil hectares cultivados com soja e outros 45 mil hectares com arroz e um quadro desolador”, disse.

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