O clima dos últimos períodos, com tempo seco e boa luminosidade, permite boa evolução da safra de grãos de verão no Rio Grande do Sul. De acordo com a Emater, as lavouras de soja, por exemplo, apresentam boa emissão de brotos laterais e alta estatura de plantas, demonstrando bom stand de lavoura e ótimo padrão sanitário. A maior parte da área semeada com soja está em desenvolvimento vegetativo (52%), e lavouras com variedades precoces estão entrando na fase de enchimento de grãos (12%) com mais intensidade. Os produtores gaúchos seguem realizando o monitoramento sanitário.
A maior parte das lavouras de milho está na fase de enchimento de grãos (36%), apresentando bom padrão fitossanitário das espigas e boa formação de grãos, o que permite prever, neste momento, um excelente potencial produtivo. A colheita, que atinge 16% das lavouras de milho se intensificou na última semana, confirmando a expectativa de uma boa produtividade média que, se confirmada, deverá se aproximar do ano anterior, que foi de 6.500 kg/ha para o Estado. Os produtores também prosseguem a colheita das áreas destinadas ao milho silagem, atingindo no último período 56% do total plantado, cerca de 340 mil hectares.
Nas áreas já colhidas (semeadura do cedo), os produtores estão optando por um novo plantio de milho ou alternar com soja. No caso da primeira opção, se configura um segundo plantio dentro da mesma safra (tradicionalmente chamada de safrinha), mesmo que a partir de agora fique fora do período recomendado pelo Zoneamento Agroclimático e, teoricamente, mais suscetível a riscos.
A colheita do feijão 2ª safra atinge 36% da área estimada, com perspectivas de boas produtividades, especialmente nas regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Uruguai. Nos Campos de Cima da Serra, última região a implantar as áreas com feijão da primeira safra (lavouras do tarde), e que foram cultivadas na resteva do trigo, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, com poucas falhas de germinação nas áreas de baixada, onde o solo permaneceu encharcado logo após a semeadura. Nessa região também seguem os tratos culturais e de controle de doenças e pragas, especialmente da Diabrotica speciosa (vaquinha).
As temperaturas mais elevadas e a boa radiação permitiram a evolução satisfatória do arroz. Apesar do bom momento, em alguns casos pontuais a instabilidade climática ocorrida no final de dezembro ainda traz pequenos contratempos aos orizicultores, que gastaram mais tempo e dinheiro na condução das lavouras. A maioria das áreas se encontra em recuperação e apresenta possibilidade de produtividades satisfatórias. Atualmente, 5% das lavouras estão em enchimento de grãos, 20% em floração e 75% em desenvolvimento vegetativo.