Paulo Gastal Neto – Direto de Porto Alegre
Em encontro com a imprensa do Rio Grande do Sul, realizado em Porto Alegre nesta quarta-feira, 02.12, o presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes (foto), voltou a enfatizar – respondendo perguntas dos jornalistas presentes – o foco no contrato que permitirá à empresa a utilização do Porto de Pelotas para instalar um terminal para o transporte de toras de eucalipto. O Contrato de Uso Temporário (CUT), firmado entre a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) e a CMPC Celulose Riograndense, deve duplicar a movimentação do Porto de Pelotas, voltou a reafirmar o presidente da CMPC. A empresa investirá cerca de R$ 20 milhões na revitalização e operacionalidade do Porto Público de Pelotas, que será equipado com um sistema de pesagem e escaneamento de caminhões e de drenagem e iluminação das áreas de manobra e disposição da madeira.
A madeira de eucalipto utilizada para a produção de celulose é obtida em florestas plantadas em 14 municípios no sul do Estado, em uma região entre Pelotas, Bagé e Piratini, tendo como centro de operações o município de Pinheiro Machado. As toras de 6 metros de comprimento serão encaminhadas para Pelotas através das rodovias BR 116 e 293. A partir de Pelotas, a madeira seguirá até Guaíba utilizando o modal hidroviário (Lagoa dos Patos e Laguna Guaíba), com barcaças com capacidade para transportar 4000 toneladas. Serão transportadas 1,2 milhão de toneladas/ano de madeira pelo porto de Pelotas.
No futuro será construído um novo acesso rodoviário até o Porto a partir da BR 392, próximo à ponte do Canal de São Gonçalo. O projeto conceitual deste acesso, fruto da parceria entre o município de Pelotas, o Estado do RS e a CMPC, foi doado ao DNIT, o que possibilitou a inclusão do trecho no SNV (Sistema Nacional de Viação). O novo acesso vislumbra o ordenamento do acesso de caminhões que hoje já acessam diariamente a Cidade de Pelotas. Enquanto o acesso não estiver pronto a Prefeitura de Pelotas fará os asfaltamento e sinalização da Rua Conde de Porto Alegre para o acesso ao porto.
Até que o novo caminho fique pronto, as vias que historicamente servem de acesso para chegar ao porto serão revitalizadas e sinalizadas, em parceria realizada entre o município de Pelotas e a Celulose Riograndense. Hoje, em torno de 150 caminhões chegam à zona portuária. Este fluxo será acrescido com 90 caminhões por dia para o transporte da madeira. Portanto, quando implantada, a operação representará 37 % da logística rodoviária da zona portuária.
A partir de 2016, serão transportadas 1,7 milhões de toneladas/ano de celulose pela hidrovia. A utilização do modal hidroviário para transporte de madeira entre Pelotas e Guaíba vai eliminar 180 viagens de ida e vinda de caminhões pela BR 116, no mesmo trecho, beneficiando o meio ambiente, que fica livre das emissões do tráfego.
As obras de revitalização do porto serão realizadas ao longo do primeiro semestre de 2016 e o início da operação se dará no 3º trimestre de 2016.
Como é de praxe, a CMPC Celulose Riograndense vai priorizar a utilização de mão de obra e fornecedores locais para implantação e operação portuária. A operação completa para escoamento da madeira envolverá em torno de 800 funcionários de forma direta e indireta.
A frota de caminhões que transportará a madeira possui um computador a bordo e é totalmente monitorada via satélite. Um centro de operações em Guaíba controla em tempo real o andamento destes veículos onde eles estiverem, seja nos hortos florestais, ao longo das rodovias ou nas vias de acesso na cidade de Pelotas. Este controle assegura que o motorista obedeça às instruções de transporte, como velocidade adequada e distância entre veículos para evitar comboios e facilitar as ultrapassagens de outros usuários, paradas obrigatórias para recomposição física do motorista, entre outras normas.
A Celulose Riograndense também está investindo na construção de uma sede da PATRAM (Patrulha vinculada ao Comando Ambiental da Brigada Militar ) às margens do São Gonçalo, junto à zona portuária, com uma doca de atracação para a lancha de patrulhamento, o que vai agilizar as ações de patrulhamento e terá, como reflexo, o aumento da segurança pública na região do entorno. O encontro em um restaurante de Porto Alegre contou com a presença de diversos jornalista das editorias de economia e geral do veículos do Rio Grande do Sul.
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