O prefeito Alexandre Lindenmeyer anunciou, nesta sexta-feira (6), a assinatura, por parte da Petrobras, do contrato que prevê a vinda de duas plataformas, P-75 e P-77, para Rio Grande. Lindenmeyer ressaltou que a notícia foi repassada pelo ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, e pelo diretor da área de Engenharia, Tecnologia e Materiais, da Petrobras, Roberto Moro. O contrato depende ainda da assinatura da QGI. Conforme fonte ligada ao setor, a empresa ainda não tinha informações a respeito do contrato.
Exatamente por conta da assinatura de um só parceiro, neste contrato, não há ainda uma previsão do início de contratação de mão de obra e da construção das plataformas, nem de valores. “Ainda não é uma situação definitiva, mas, através de contato que mantive com procuradores da QGI, na semana que vem já teremos uma resposta da empresa, mesmo porque há prazos para serem cumpridos”, frisou o prefeito.
“Mesmo que não seja definitiva, exatamente por conta da falta de uma assinatura, do nosso ponto de vista, esta notícia merece uma atenção significativa. Entendemos que estamos dando um passo gigantesco ao encontro da retomada do estaleiro da QGI em Rio Grande, um complexo extraordinário, com um volume significativo de recursos que foram investidos. Mas, mais que recursos financeiros, uma oportunidade extraordinária na área de geração de empregos e uma oportunidade para o povo do Rio Grande”, apontou o chefe do Executivo.
Com a vinda das plataformas, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Benito Gonçalves, a expectativa é de que entre dois a quatro mil trabalhadores sejam contratados. “Também temos mão de obra suficiente para construir três plataformas ao mesmo tempo, sem ter que trazer trabalhadores de fora”, garantiu. Lembrou ainda que com a vinda das duas plataformas, Rio Grande está novamente no caminho do desenvolvimento. “Ganham todos, o setor naval, o comércio, a população em geral”. Para ele, a importância da assinatura reflete não só na cidade do Rio Grande, mas em todo o Estado.
Conforme o prefeito, há um processo de expectativa de longa data. “Comemoramos há aproximadamente quatro meses o fato de que as partes haviam chegado a um consenso, mas tínhamos um outro desafio, que era a composição do contrato, que envolve não mais gestores, mas sim seus respectivos procuradores, os setores jurídicos da QGI e da Petrobras. Esse processo nos gerou nova expectativa, pelo tempo de negociação. Mas agora, com a notícia da assinatura, já vejo como um fôlego no setor naval, uma vitória, um passo adiante”, reforçou Lindenmeyer.
Por conta desta possível retomada, o chefe do Executivo anunciou também a chance de instalação, no Município, de uma fábrica de galvanização, o que representa mais 550 empregos. “Só há uma fábrica deste tipo no Rio Grande do Sul. E, na sequência, este empreendimento acaba trazendo outras empresas para o entorno. Hoje, temos essa possibilidade de efeito multiplicador, que transcende ao estaleiro”, finalizou o prefeito.
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