FORÇA TAREFA VAI ATUAR PARA MANTER EM DIA A OBRA DA SEGUNDA PONTE DO GUAÍBA

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    O Governo do Estado propôs a criação de uma força-tarefa para manter em dia o calendário da obra da segunda ponte sobre o rio Guaíba, em reunião na última quinta-feira (21), no Palácio Piratini, com a Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (DNIT-RS), o vice-governador José Paulo Cairoli, secretários e engenheiros do Consórcio Ponte do Guaíba. A ideia foi acolhida e o grupo será integrado pelo governo, prefeitura, DNIT-RS e consórcio. A previsão de conclusão do empreendimento, com extensão total de 2,9 quilômetros e investimento de R$ 649,6 milhões, é para o segundo semestre de 2017. Conforme Sartori, o papel inicial da força será o de conhecimento da realidade de cada área envolvida, como o meio ambiente, transportes, planejamento e mobilidade. A ponte já em obras e em 2016 ganhará maior visibilidade.

    No projeto da obra estão previstas remoção e realocação de 998 famílias hoje residentes no entorno do traçado da nova ponte. “Precisam ser construídas 1.027 moradias, fazer assentamento não é tão fácil como se pensa”, afirmou Sartori ao defender a instituição imediata do grupo de trabalho. “Tem que ter olho lá na frente para começar antecipadamente. Felizmente o caminho está bem andado, mas é preciso ter muita sinergia. O Estado é parceiro para essa caminhada, obra que é importante para todo o Rio Grande do Sul”, disse o governador. De acordo com o superintendente do DNIT, Pedro Luzardo Gomes, a segunda ponte está projetada para receber tráfego de 50 mil veículos por dia.

    A NOVA PONTE

    Fundamental à ligação da Região Metropolitana de Porto Alegre com o Sul do Estado, a segunda ponte sobre o Guaíba terá um total de 7,3 quilômetros de obras de artes especiais, entre as quais o alargamento da ponte Saco da Alemoa, elevada e viadutos. A obra terá duas faixas de rolamento e 28 metros de largura. Ela funcionará simultaneamente com a atual ponte. Quando for içado o vão móvel, o trânsito será desviado para a nova. Não haverá mais o tempo de espera. “Hoje são gastos 30 minutos só no içamento”, disse Gomes.

    Os recursos vêm do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na avaliação do consórcio Ponte do Guaíba, as interrupções da ponte causam prejuízos incalculáveis à economia. As novas moradias serão construídas em convênio entre o Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal e prefeitura de Porto Alegre.

    Da parte do Estado estarão envolvidos com a força-tarefa as secretarias Geral de Governo, Transportes e Mobilidade, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Planejamento e Desenvolvimento Regional e Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan). Um vídeo foi apresentado ao governador e equipe com todos os detalhes do investimento. O consórcio Ponte do Guaíba – contratado pelo DNIT – levantou que quase 89% (878) do total das famílias da área onde haverá realocação utilizam ligação clandestina de energia elétrica. Outras 14% das famílias (140) não possuem banheiro em suas residências. Será também necessária a remoção e realocação de 33 comércios e afins. Reuniões serão mantidas com a população e líderes comunitários.

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