Rede de Supermercado Peruzzo pede recuperação judicial

    As dívidas bancárias da rede de supermercados Peruzzo levaram a empresa a pedir recuperação judicial na última quarta-feira. Esta é uma ferramenta utilizada para que a rede não vá à falência. As informações são do Jornal Minuano, de Bagé.

    Conforme a matéria assinada pela repórter Fernanda Couto, o administrador Lindonor Peruzzo, conta que a empresa optou por esta medida para renegociar dívidas bancárias: “Nosso foco é o alongamento de prazos para nos equilibrarmos. Mas não vamos demitir ninguém, nem fechar lojas”, garante. Segundo o empresário, a rede Peruzzo não possui nenhuma dívida com fornecedores e também não está com nenhuma conta em atraso, somente estes parcelamentos bancários, que foram contraídos em anos anteriores.

    A ação é avaliada pelo poder Judiciário em R$ 100 milhões. Porém, Peruzzo explica que este é o valor total, incluindo o que já foi pago, mas o que está pendente é um valor menor. Esta é a primeira vez que a empresa recorre a esta medida em 20 anos de história.

    A recuperação judicial prevê que os empregos sejam mantidos. Através dela, a parte interessada, no caso os supermercados Peruzzo, têm 60 dias para elaborar um projeto para sair da crise financeira. A partir daí, os credores têm 180 dias para aprovar ou não o projeto apresentado. Se o resultado for positivo, se dá início à recuperação; se for negativo, o juiz decreta a falência.

    Fonte: Fernanda Couto – Jornal Minuano, de Bagé

    Atualizado: As dívidas bancárias chegam a R$ 100 milhões, quase um quarto do faturamento do ano passado, da ordem de R$ 392 milhões. Quarta maior rede supermercadista do Estado, o Peruzzo tem 23 lojas em nove cidades, principalmente na Metade Sul, e emprega 1,9 mil funcionários.

    A lista de empresas do Rio Grande do Sul que neste ano se agarrou ao instrumento de recuperação judicial inclui grupos grandes e tradicionais como a varejista Manlec, a Camera, ligada ao agronegócio, a metalúrgica SüdMetal e a fundição Tomé, de Caxias do Sul.

    Fonte: Caio Cigana – + Economia – Jornal Zero Hora

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