Plano de Aviação Regional gera expectativa de melhoras no Aeroporto de Pelotas

    Funcionando sob a superintendência da Infraero, os aeroportos internacionais de Uruguaiana, Bagé e Pelotas integram a lista de sete estruturas aeroportuárias do Estado que ainda estão em fase de estudo de viabilidade técnica (referente a questões legais e ambientais) para futuros investimentos do Plano de Aviação Regional, lançado em 2012 pelo governo federal.
    Em Pelotas, além da expectativa da tramitação de um projeto de lei que prevê a definição de um nome para o aeroporto internacional que opera na cidade, 19 funcionários da Infraero, 35 terceirizados e o superintendente do terminal aguardam o resultado do levantamento feito recentemente pela Concremat dentro do Plano de Aviação Regional. As informações são do Jornal do Comércio, de Porto Alegre.
    Ao todo, 15 aeroportos do interior do Rio Grande do Sul serão contemplados pelo programa federal de investimento em logística, que injetará recursos de R$ 7,4 bilhões em 270 aeroportos regionais em todo o País.
    De acordo com a matéria assinada pela repórter Adriana Lampert, um terminal de passageiros é a principal demanda. O atual é uma estrutura criada na década de 1960, e ampliada e reformada em 1998, quando passou a funcionar sob a responsabilidade da Infraero.
    Segundo o superintendente, Francisco de Assis Lunes Camejo, o terminal, o pátio e a pista atendem à demanda em Pelotas. “Mas, lógico que temos que pensar em investimento de longo prazo, pois o fluxo de pessoas é crescente: no primeiro trimestre de 2013 recebemos 800 passageiros por mês, já no final do ano eram 5 mil/mês”, afirma o administrador, explicando que a mudança ocorreu com a implementação de dois voos diários da companhia Azul (que liga a cidade à Capital).
    Camejo conta que o processo dentro do programa do governo federal iniciou com o cadastramento do aeroporto junto ao Banco do Brasil, que está gerenciando os estudos, para depois passar por levantamento geodésico (via satélite) de todo o sítio aeroportuário, até a chegada da Concremat, que realizou o levantamento in loco as as instalações do aeroporto no decorrer de uma semana durante maio.
    “Os técnicos também fizeram uma visita à prefeitura, para conhecer o Plano Diretor de Pelotas, e o do aeroporto, e explicaram que o próximo passo é realizar as projeções de crescimento do empreendimento.” Esta mesma operação está ocorrendo nos três aeroportos administrados pela Infraero. Já os empreendimentos municipais ou estaduais estão sendo avaliados pela IQS, de acordo com a Secretaria de Aviação Civil.
    Pelotas precisa de estacionamento para veículos, que já apresenta carência de vagas, e mais acessos ao aeroporto, bem como a ampliação do terminal de passageiros (que tem 1.052 m2 de área construída), do saguão e das salas de embarque e desembarque. “As existentes são para voos domésticos, mas também podem ser conjugadas, quando necessário, o que é frequente”, destaca Camejo.
    No terminal, a maior aeronave em operação é a ATR 72, da Azul, com capacidade para 72 passageiros, e que tem tido taxa de ocupação de 85% em média. No local, também há constante fluxo de aviões particulares, principalmente jatos executivos. Diariamente, decolam de lá voos para o Uruguai, a Argentina, e o Chile. Ainda conforme o superintendente, a atual pista de 1.980 metros não precisa de ampliação em um primeiro momento. “Mas para o futuro, em um cenário daqui há 20 ou 30 anos”, diz ele “teremos de pensar nisso.” Localizado na zona Norte de Pelotas, com acesso para a BR-293, o terminal áereo de Pelotas tem um sítio aeroportuário de 2,6 milhões m2.
    Fonte: Adriana Lampert – Jornal do Comércio. Fotografia: Arquivo Caminhos da Zona Sul

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