Conforme o presidente da entidade, Benito Gonçalves, em 20 de novembro, quando houve protesto dos trabalhadores da P-58 devido aos atrasos no pagamento do adiantamento quinzenal, já em função do não pagamento das terceirizadas, a Petrobras assegurou, junto com a CQG, o pagamento do adiantamento quinzenal e das quitações dos contratos de trabalho de todos os colaboradores das obras da P-58. Porém, depois do pagamento do adiantamento quinzenal, mais nenhum valor foi liberado. Devido a essa situação, há trabalhadores já demitidos à espera da efetivação da rescisão, que estão sem ter como pagar refeições, alguns restaurantes não estão querendo liberar refeições porque estão há quatro meses sem receber, e há hotéis ameaçando despejar trabalhadores neles hospedados por falta de pagamento. E trabalhadores de fora sem ter como ir para casa ou mandar dinheiro para a família.
Além de colaboradores demitidos que estão sem receber e aguardando rescisão, há outros com rescisão feita e sem pagamento de FGTS, o que impede que se beneficiem do seguro-desemprego, e 4,5 mil sem rescisão e sem pagamento de salário. O presidente do sindicato esteve no Rio de Janeiro, segunda e terça, participando de reuniões e contatos com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e diretores da Petrobras e da CQG. Gonçalves retornou na noite de terça, mas ontem ocorreram reuniões entre a Petrobras e a CQG no Rio de Janeiro, ao longo do dia. Os sindicalistas do Rio Grande estão indignados e dispostos a uma grande manifestação para pressionar pela resolução do problema. Porém, segundo Benito Gonçalves, como o Sinaval informou que ontem a Petrobras aceitou rever valores e precisava de mais um dia para fazer o aporte emergencial de recursos para sanar as dificuldades, decidiram esperar mais 24 horas.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos disse ter sido solicitada a quantia de US$ 50 milhões de dólares para sanar o problema.
A Petrobras manifestou-se, no final da tarde da quinta-feira, sobre as reclamações de falta de pagamento feitas pelo Sindicato dos Metalúrgicos e de trabalhadores que atuaram nas obras de construção da plataforma P-58. Em nota enviada à redação por meio de sua assessoria, a Companhia reiterou que está em dia com as suas obrigações contratuais e que os pagamentos de seus compromissos reconhecidos com todas as suas contratadas em Rio Grande foram realizados de acordo com a legislação vigente e com os prazos estabelecidos contratualmente .
“Eventualmente, empresas contratadas apresentam pleitos de pagamentos adicionais, os quais são submetidos à avaliação técnica por uma comissão constituída para este fim, bem como a uma avaliação jurídica. Após a conclusão deste processo, que está de acordo com contrato e com a legislação vigente, a negociação será submetida à aprovação das instâncias corporativas competentes. Dessa forma, eventuais pleitos não representam a existência de dívida por parte da Petrobras”, afirma na nota.
Fonte: Carmem Ziebell – Jornal Agora
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