A gangorra talvez seja a figura que melhor defina o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios gaúchos em 2011. Quem mais subiu: Pelotas, na Zona Sul, obteve o maior crescimento econômico, com 19,2%. Quem mais desceu: Canoas, na Região Metropolitana, amargou taxa negativa de 13,9%.
Divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), em Porto Alegre, os dados revelam os motivos dos extremos. Municípios com vocação agropecuária – setor que evoluiu 9,9% em 2011 – prosperaram. Já os ligados à indústria, que teve queda de 4,4%, terminaram o ano com resultado menor. Na equação final, o PIB do Estado ficou em 4,4%, mantendo o quarto lugar no país.
Pelotas deslanchou embalada pela agropecuária (cereais e frutas), pelo beneficiamento de arroz e pelo ramo de serviços. O preço da saca de arroz foi baixo em 2011, mas os engenhos lucraram com o aumento da colheita.
Em contrapartida, houve baques na produção industrial. Canoas não avançou tanto porque a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) operou com preços abaixo do ideal na produção de combustíveis. Foi penalizada pela decisão do governo de não permitir que a Petrobras reajustasse a gasolina e o diesel.
– Outras cidades, como Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, tiveram queda no crescimento (por motivo semelhante) – observa Colombo.
Integrante da galeria dos 10 maiores municípios, Triunfo também sentiu os efeitos da crise na indústria do refino. Contrariando a trajetória de alta, registrou -9,1% em 2011. Mesmo assim, continua detendo o maior PIB per capita (indicador que simula a divisão da riqueza produzida pelo número de habitantes) do Rio Grande do Sul.
Apresentado pelo supervisor do Centro de Informações Estatísticas da FEE, Juarez Meneghetti, e pelo economista Colombo, o levantamento usa o critério da variação nominal, que não desconta a inflação do período. A fórmula é diferente da aplicada para o PIB estadual e nacional, que contabilizam a inflação.
O PIB municipal se refere a 2011 – época de supersafra, valorização da soja, mas de preços baixos em outras culturas – porque é preciso dois anos para completar as estatísticas.
Fonte: Nilson Mariano – Jornal Zero Hora
* Tabela 1 – Produto Interno Bruto (PIB), variação nominal (%) entre 2010 e 2011 e participação no PIB do Estado dos 10 municípios mais ricos do RS.
* Tabela 2 – Variação e Estrutura do Valor Adicionado Bruto (Agropecuária, Indústria e Serviços) no PIB dos 10 municípios mais ricos do RS.
* Tabela 3 – Produto Interno Bruto (PIB) e variação nominal (%) entre 2010 e 2011 e participação no PIB do Estado dos 22 municípios que compõe o Corede Sul.
* Tabela 4 – Produto Interno Bruto (PIB) per capita e variação nominal (%) entre 2010 e 2011 e participação no PIB do Estado dos 22 municípios que compõe o Corede Sul.
* Tabela 5 – Produto Interno Bruto (PIB) no setor agropecuário dos 22 municípios que compõe o Corede Sul.
* Tabela 6 – Produto Interno Bruto (PIB) no setor de indústria dos 22 municípios que compõe o Corede Sul.
* Tabela 7 – Produto Interno Bruto (PIB) no setor de serviços dos 22 municípios que compõe o Corede Sul.
* Tabela 8 – Estrutura do VAB, classificados em ordem decrescente pelo setor “agropecuária” dos 22 municípios que compõe o Corede Sul.
* Tabela 9 – Estrutura do VAB, classificados em ordem decrescente pelo setor “indústria” dos 22 municípios que compõe o Corede Sul.
* Tabela 10 – Estrutura do VAB, classificados em ordem decrescente pelo setor “serviços” dos 22 municípios que compõe o Corede Sul.
* Tabela 11 – Produto Interno Bruto (PIB), variação nominal (%) entre 2010 e 2011, participação no PIB do Estado, Estrutura do Valor Adicionado Bruto (VAB) e população dos 28 Coredes (Conselho Regional de Desenvolvimento) do Estado. Clique para ampliar.
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