A Engevix Construções Oceânicas (Ecovix) espera reforçar a sua posição competitiva com a entrada no capital da companhia de um grupo de cinco empresas japonesas lideradas pela Mitsubishi Heavy Industries (MHI). As informações são do Jornal Valor Econômico.Os sócios japoneses acertaram a compra de 30% da Ecovix por cerca de US$ 300 milhões. A entrada dos nipônicos vai dar condições à Ecovix de melhorar a performance dos atuais contratos para atender a Petrobras, que somam cerca de US$ 6 bilhões. E permitirá preparar a empresa para disputar novas encomendas da indústria de petróleo, como plataformas e navios para o pré-sal.
De acordo com a reportagem, no dia 19 a Ecovix vai fazer um evento, no Rio de Janeiro, com a participação dos sócios japoneses, para celebrar a parceria. O contrato de compra e venda de ações entre o grupo de empresas japonesas e os sócios brasileiros da Ecovix, controlada pela holding Jackson Empreendimentos, foi assinado, no fim de outubro, em Tóquio, no Japão. A Jackson vendeu 30% da Ecovix para uma companhia de propósito específico formada, além da MHI, pela Mitsubishi Corporation e pelos estaleiros Imabari, Namura e Oshima Shipbuilding. O nome da companhia e as participações de cada sócio japonês no consórcio devem ser divulgados dia 19.
Segundo a matéria, a Jackson manteve 70% da Ecovix. Mas existe a possibilidade de que essa participação diminua ainda mais caso sejam bem sucedidas as negociações para a entrada no capital da Ecovix da Funcef, terceiro maior fundo de pensão do país. A Funcef já detém 25% da RG Estaleiros, subsidiária da Ecovix que controla um complexo de estaleiros em Rio Grande (RS). Os restantes 75% desta subsidiária pertencem à Ecovix.
O Valor apurou que estão em curso as negociações para a Funcef ingressar no capital da Ecovix. Como resultado, poderá haver uma consolidação de ativos da Ecovix com potencial de criar sinergias para os sócios, disseram fontes próximas das negociações. Ainda não está claro o percentual que o fundo poderá adquirir.Almada afirmou que os japoneses criaram um grupo forte do ponto de vista técnico e financeiro para entrar na companhia. “Nosso foco [para entrada dos japoneses] foi ter melhoria de qualidade e produtividade”, disse. As discussões em busca de novos sócios para a Ecovix se estenderam por mais de um ano e envolveram vários interessados até se afunilarem, concentrando-se na Mitsubishi. De acordo com o executivo, a carteira atual de projetos da Ecovix garante a ocupação dos estaleiros em Rio Grande até 2018. A empresa está construindo os primeiros cascos de uma série de oito navios-plataforma para a Petrobras, em contrato de US$ 3,5 bilhões, com previsão de entrega em 2016. Almada considera que os prazos vêm sendo cumpridos. “Se houver um desvio de prazo, é mínimo.” O primeiro casco, da plataforma P-66, sairá do dique seco do Estaleiro Rio Grande (ERG1) em abril de 2014. Os cascos têm engenharia básica feita pela sueca GVA e consultoria da chinesa Cosco, que apoia o processo produtivo do estaleiro.A Ecovix também tem em carteira a construção de três sondas de perfuração, com projeto da empresa Gusto, para a Sete Brasil, em contrato de US$ 2,4 bilhões. As sondas serão construídas em uma área vizinha ao estaleiro chamada ERG2, onde estão em construção duas carreiras para o lançamento de navios.
Fonte: Jornal Valor Econômico