O diretor de Desenvolvimento da Rio Grande Mineração, Ricardo Marcos Garvizu Flores, afirma que a iniciativa encontra-se em estágio preliminar. “Estamos na fase de análise e estudos de pré-viabilidade técnica, ambiental e econômica”, diz o executivo. Ele detalha que foram adquiridos todos os direitos minerários, dados e informações de propriedade da Paranapanema na região e, também, aqueles de propriedade da Rio Tinto e da Amazônia Mineração, que são contíguos. No Ibama, o projeto está registrado como Atlântico Sul e não mais como Bojuru.
Os minerais podem ser aproveitados em diversos segmentos da economia, como nas indústrias de cerâmica, química, entre outras. “A ocorrência de minério é contínua desde as proximidades da cidade de São José do Norte até o distrito Bojuru, mas a viabilidade da lavra ainda não foi definida”, destaca Flores.
De acordo com ele, pontos como a escala da operação e investimentos ainda serão definidos, dependendo dos estudos de viabilidade. No entanto, fontes que acompanham o desenvolvimento do projeto estimam o investimento em, aproximadamente, R$ 500 milhões, para extração de mais de 1 milhão de toneladas ao ano. A Rio Grande Mineração é detentora de recursos minerais de titânio e zircônio em vários estados do Brasil e no exterior. Flores informa que a empresa estabelecerá filial em São José do Norte, após verificar progressos no estudo de viabilidade.
O vice-prefeito do município, Francisco Elifalete Xavier, acrescenta que, com o complexo sendo concretizado, o destino da produção será, fundamentalmente, a exportação para países como, por exemplo, a China. Sobre eventuais obstáculos quanto ao licenciamento ambiental, ele acredita que o atual empreendimento não sofrerá tantas restrições como o antigo projeto Bojuru. Ressalta que há diferenças entre essa proposta e a anterior. “O Grupo Paranapanema iria explorar e transformar esses minerais no próprio local, haveria processos físico e químicos e, agora, somente extração, sem ações químicas”, detalha o vice-prefeito. Com isso, ele prevê que o impacto ambiental será pequeno. O licenciamento ambiental será avaliado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e pelo Ibama.
Fonte: Jefferson Klein – Jornal do Comércio
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