No país asiático, o presidente do Badesul, Marcelo Lopes, terá reuniões para retomar o projeto que poderá triplicar o volume de gás disponível no Rio Grande do Sul. O investimento, estimado entre US$ 2 bilhões e US$ 5 bilhões, inclui uma fábrica de fertilizantes. Há cinco anos, o Estado sonha com um terminal de regaseificação. Depois de alcançar o solo gaúcho em 2000, o gasoduto Brasil-Bolívia acenou com nova fonte de energia, mas a oferta de gás para os Estados do Sul foi pequena.
– Os três Estados estão unidos para incluir a produção de gás natural para uso industrial como forma de ampliar a capacidade de atrair investimentos, pois estão esgotados na questão energética – observa Lopes.
Em fevereiro, um comitê formado por representantes do governo estadual, da Petrobras e das duas empresas multinacionais acertaram que em seis meses seria apresentado o projeto final do complexo. Até agora, no entanto, não há sequer local definido para instalação do terminal de regaseificação. A primeira opção seria Rio Grande, pois os navios que transportam GNL exigem porto com infraestrutura e grande calado.
Para abastecer indústrias com gás natural e reforçar a geração de eletricidade, o complexo deverá incluir a construção de um gasoduto e de uma usina térmica. Portanto, a distância da região metropolitana de Porto Alegre, cerca de 300 quilômetros, poderá atrapalhar a escolha por Rio Grande. A opção avaliada é Tramandaí, no Litoral Norte.
– Encurtaríamos o tamanho do gasoduto em 200 quilômetros – disse Lopes, acrescentando que o projeto poderá demorar mais de ano.