As mudanças no contexto urbano rio-grandino chamam a atenção da Relatoria do Direito à Cidade. Pertencente à Plataforma Brasileira de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais Dhesca Brasil, a organização irá visitar novamente o município nesta quinta e sexta-feira (22 e 23) para avaliar o impacto que os investimentos do Porto de Rio Grande e o Polo Naval tiveram sobre a população.
A primeira visita da instituição ao município ocorreu em 2007 quando a Relatoria do Direito à Moradia e Terra Urbana realizou uma missão para investigar o reflexo da ampliação do Porto de Rio Grande. Naquele momento chegaram a ser elaborados projetos que previam a realocação de mais de mil famílias para áreas mais distantes do mar.
Neste ano, outra missão volta a Rio Grande para viabilizar a continuidade do trabalho que preconiza a identificação de violações e a apresentação de recomendações ao poder público. Na ocasião o relator dos Direitos Humanos, Leandro Franklin Gorsdorf, irá visitar diversas comunidades em situação de vulnerabilidade social e risco de remoção. Na quinta-feira os bairros Getúlio Vargas, Vila Mangueira, Santa Tereza, Barra e Cidade de Águeda irão receber a comitiva. Já na sexta o grupo deve participar de reuniões com a Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano (SMHDU) e a Superintendência do Porto de Rio Grande (SUPRG). O roteiro do dia contará também com uma audiência pública na Câmara de Vereadores, às 14h.
Para a Relatoria, a falta de soluções para o aumento das demandas habitacionais e sanitárias é agravada com o aumento vertiginoso dos valores dos aluguéis e é preciso intervir na questão para que as comunidades não sejam ainda mais prejudicadas. “Os investimentos estão sendo realizados sem a devida preocupação com os impactos para os moradores de Rio Grande.”
Fonte: Andressa Barbosa – Jornal Diário Popular
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