A diretoria da Câmara de Comércio e representantes das entidades do movimento Aliança Rio Grande, receberam, no final da tarde de segunda-feira, o deputado estadual e prefeito eleito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, que estava acompanhado de seu chefe de Gabinete, Paulo Rodrigues, e do vereador Luiz Francisco Spotorno (PT). O motivo do encontro foi a criação do Polo Naval do Jacuí, em Charqueadas, que na opinião dos empresários irá competir com o de Rio Grande. Na ocasião, Lindenmeyer também foi muito cumprimentado pela vitória obtida no último pleito para a Prefeitura de Rio Grande.
O encontro foi aberto pelo presidente da Câmara de Comércio, Renan Lopes, que considera a construção de plataformas de petróleo no Brasil “uma decisão inteligente”, apesar de entender que saem mais baratas sendo feitas no exterior, “porque o objetivo é beneficiar as regiões menos privilegiadas”. O porto do Rio Grande possui uma localização ideal para esse tipo de empreendimento, mas preocupa a tentativa de descentralização.
Ele lembrou que Rio Grande tem todas as condições de Charqueadas e mais um pouco. “A diferença é que Charqueadas fica próxima a Porto Alegre, mas aqui temos calado, área, temos próximos os municípios de São José do Norte e Pelotas. Além disso, eles estão esbarrando numa lei federal (10.233 de 29 de dezembro de 2003) que proporciona incentivos federais à construção de plataformas ou às empresas a elas vinculadas somente em cidades litorâneas e Charqueadas não fica à beira-mar”.
O presidente da Câmara de Comércio alertou que, se as lideranças de Rio Grande ficarem de braços cruzados os investimentos deixarão de ficar na cidade.
Oceantec
O deputado estadual Alexandre Lindenmeyer lamentou inicialmente que a densidade populacional é bem maior na Metade Norte do Estado, o que acarreta na falta de representatividade política da região sul. Para ele, a solução está na consolidação em Rio Grande do parque tecnológico voltado para a indústria naval, o Oceantec, projetado pela Furg e Prefeitura. O parlamentar revelou que participou de debates ferrenhos sobre o Polo Naval do Jacuí e que o projeto foi feito para aumentar a participação da indústria gaúcha no fornecimento de bens para o Polo do Rio Grande.
“o Polo Naval de Charqueadas é irreversível, mas temos de somar esforços para que o Oceantec se torne uma realidade. Aí teremos parceria para agregar valor à indústria naval e Rio Grande não se tornará meramente uma linha de montagem. Em síntese: em que pese a existência do Polo de Charqueadas, vamos ter de fazer um cenário em que não percamos a capacidade de disputar empreendimentos para Rio Grande e convencer as empresas que é mais barato elas produzirem ao lado do comprador, que está aqui, do que a 300 quilômetros de distância. E tratar da formação de mão-de-obra”, observou Lindenmeyer.
O industrial Torquato Pontes Neto aproveitou a ocasião para dizer que quando se fala em porto do Rio Grande é interesse do Estado e todos são parceiros. “No momento em que se estabelece um empreendimento da grandeza do Polo Naval, surgem vários interesses. É um embate empresarial. Temos de criar condições para que seja rentável investir em nosso Município”. No final, os empresários presentes concordaram com a proposição do presidente da Câmara de Comércio, Renan Lopes, de trabalharem unidos com o Executivo Municipal na busca de investimentos, o que foi considerado positivo pelo deputado e prefeito eleito.
Fonte: Jornal Agora
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