Acompanhia, também contratada pela Petrobras para construir oito cascos de plataformas em Rio Grande, já conta com 3,5 mil funcionários na cidade. Como apenas iniciou a produção da primeira estrutura (30% do casco da P-66), Almada projeta a necessidade de incorporar outras mil pessoas apenas para cumprir a entrega para a estatal, aumentando ainda mais a busca por mão de obra na região.
– Nos próximos dois anos, dobraremos a capacidade e chegaremos a 7 mil pessoas. Mão de obra é sempre um problema. O grande atrativo é esse projeto de longo prazo para pessoas que queiram ficar focadas neste setor. Mas terá de vir gente de fora (do Estado) – diz Almada, que desde o resultado da licitação dos navios-sonda anunciado mês passado pela Petrobras ainda não tinha detalhado o projeto de construção das três embarcações.
Setor precisará de pelo menos mais 10 mil trabalhadores
Suprir a necessidade de recursos humanos qualificados para toda a demanda dos polos navais de Rio Grande e agora do Jacuí será um desafio, admite o diretor regional do Senai, José Zortéa. A expectativa é que, nos próximos cinco anos, o setor no Estado precise de pelo menos mais 10 mil trabalhadores. O gargalo, assegura Zortéa, não é a oferta de vagas nas escolas técnicas, mas a dificuldade de conseguir pessoas que preencham os requisitos básicos para aproveitar as oportunidades.
– Muitas pessoas, apesar do ensino básico completo, sequer sabem ler direito. Quando entra a matemática e a química, aí nem se fala – relata Zortéa.
Fonte: Caio Cigana – Jornal Zero Hora
________________________________________________________
Siga o Blog no Twitter
Receba as atualizações do Blog no seu e-mail (newsletter)