Trânsito na “estrada da Barra” se tornou caótico

    A BR-392, trecho que vai do Super Porto até o trevo que leva a Pelotas, fica insuportavelmente caótica nos cinco dias úteis da semana. A trégua acontece somente nos sábados e domingos. Nos finais de tarde, a partir das 17h30min, o movimento começa a tomar corpo. Ambas as pistas são tomadas de veículos. Não dá para contar se são mais caminhões, carros de passeio, ônibus ou motos. Muitas motos, para encurtar o tempo acabam ultrapassando pela direita e pelo acostamento, tornam a trajetória ainda mais perigosa. Perigo que aumenta pelo fato de  muitos operários do Polo Naval estarem nas paradas de ônibus e circulando pelo acostamento.
    Até o ano passado as idas e vindas pela chamada estrada da Barra eram muito mais tranquilas. O movimento maior era da pista em direção ao Centro. Ir do Centro até a Barra era algo que chamavamos de “tranquilo”. Hoje, nem pensar. No horário de final de jornada de trabalho, o caos se instala. E este caos começa já no trevo do bairro Santa Tereza. A fila que se forma em direção à Barra é praticamente igual a que se forma da Barra ao Centro.
    O problema aumenta quando se chega ao trevo, pela quantidade de acessos que permite: Rio Grande/Pelotas, Rio Grande/Barra, Pelotas/Rio Grande, Pelotas/Barra, Barra/Pelotas e Barra/Rio Grande. Isso sem falar nos deslocamentos de caminhões da Via 1 até os terminais ou até os postos de combustíveis. São muitos acessos, muitos veículos e pouca estrada. A situação é agravada ainda pelo trem, que constantemente cruza a BR-392 exatamente naquele trevo.
    Das 17h45min até aproximadamente às 19h, fica insuportável o trânsito no local. Não se sabe onde a fila é maior. Se formam três: uma sentido Centro/Barra. A outra no sentido Barra/Pelotas. Também se torna problemática a saída dos caminhões da Via 1, que precisam disputar espaço com os caminhões que saíram do Tecon e com o trânsito que vai no sentido do Tecon, Barra e Cassino.
    O motorista Israel Lopes diz que é impossível transitar no final da tarde no trecho. “Se tiver que passar por ali, que seja sem pressa. Com horário pré-determinado o sujeito se estressa muito”, garante. O caminhoneiro João Silva Moura passa com o caminhão graneleiro pelo menos duas vezes por semana pelo local. “Quando estou lá no viaduto já começo a me preocupar com a passagem por aqui. É um absurdo o trânsito neste horário”.
    Flávio Dias, que mora no Cassino desde o ano passado, diz estar arrependido da mudança. Ele se mudou porque era calmo o trajeto até o balneário, passando pela Via 9, entrando pela estrada hoje asfaltada. “Tudo muito tranquilo. Não sei o que aconteceu que hoje essa tranquilidade evaporou. É uma briga feia se deslocar até o Cassino pela estrada da Barra. Até chegar ao Tecon, a disputa é grande. Depois que entramos na Via 9, é muito calmo”. Flávio ressalta que não vê saída. “Se eu for pela ERS-734 estarei na mesma situação daqui. Na verdade, estamos sem alternativa nenhuma”, conclui.
    Foto: Fábio Dutra / Jornal Agora
    Fonte: Anete Poll – Jornal Agora

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