Rosane de Oliveira: atrás do tempo perdido

    Com a assinatura da ordem de início das obras de duplicação da BR-116 entre Guaíba e Pelotas, o Rio Grande do Sul começa a recuperar um pouco do tempo perdido com a falta de investimentos em infraestrutura. Não há justificativa aceitável para que só agora esteja começando a duplicação da estrada que liga a Capital ao porto de Rio Grande. Com seu antecessor, a presidente Dilma Rousseff entrará para a História como a responsável pelo Polo Naval, por esta obra e, também, pela duplicação da BR-392, entre Pelotas e Rio Grande, que fica pronta no final deste ano ou, no máximo, no início de 2013.

    A assinatura de ordem de serviço pelo ministro Paulo Passos não significa que no dia seguinte as máquinas estarão na pista. Isso só deve ocorrer dentro de 30 a 60 dias. O documento é necessário para que as empresas vencedoras da licitação instalem seus canteiros de obras e obtenham os licenciamentos necessários para começar a escavar. A licitação para a construção de uma nova ponte sobre o Rio Camaquã está prevista para setembro ou outubro. Se o cronograma previsto nos contratos for cumprido, em 2015 será possível ir de Torres a Rio Grande exclusivamente por estradas de pista dupla.

    No Galpão Crioulo da Fenadoce, em Pelotas, o governador Tarso Genro e o secretário de Infraestrutura, Beto Albuquerque, testemunharão a partir das 11h de segunda-feira a remoção de mais um obstáculo ao desenvolvimento da Metade Sul. A duplicação da BR-116 e do contorno de Pelotas são vitais para o crescimento do Polo Naval e para o transporte da produção exportada pelo porto de Rio Grande. Mas o valor maior da obra não é este: são as vidas poupadas com o aumento da segurança na estrada. Perdeu-se a conta de quantas pessoas morreram em acidentes provocados pelo excesso de tráfego numa estrada de pista simples, tomada de caminhões, especialmente na época das safras de grãos.

    No final deste ano ou início do próximo, o governo promete lançar o edital para a duplicação da BR-290, entre Eldorado do Sul e Pantano Grande. O superintendente regional do Dnit, Vladimir Casa, antecipa que o governo deve se valer do Regime Diferenciado de Contratação, o RDC, para licitar a obra apenas com o projeto básico, o único que já está concluído.


    Fonte: Página 10 – Rosane de Oliveira – Zero HOra

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